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Itaú Unibanco lucra menos, mas promete abrir agências

Roberto Setúbal diz também que carteira de crédito não deve crescer 15% neste ano como era esperado

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Quando o Itaú e o Unibanco anunciaram sua fusão, uma grande expectativa foi gerada em torno daquele que seria o maior banco brasileiro. Nesta quarta-feira (25), quase quatro meses mais tarde, o Itaú Unibanco um lucro líquido pró-forma (ou seja, dos resultados do Itaú somados ao do Unibanco) foi de 10 bilhões de reais em 2008, uma queda de 16,1% no valor em comparação a 2007. Essa redução foi justificada pelo presidente-executivo do Itaú Uni banco, Roberto Setúbal, com o cenário econômico adverso e o aumento das provisões para créditos duvidosos. Ainda assim, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio foi de 23,4%.

Conforme os dados oficiais, a carteira de crédito cresceu 33,9% no ano, número que aponta desaceleração na avaliação de Setúbal. Quanto às expectativas para 2009, o presidente-executivo afirmou que a alta de 15% estimada até dezembro deve ser revisada por causa das incertezas na economia brasileira, o maior nível de inadimplência e o potencial aumento de desemprego.

Processo de fusão

Apesar das especulações, Setúbal reiterou que o fechamento de agências de ambos os bancos não está nos planos da instituição. Muito pelo contrário, o esperado é que haja crescimento no número de agências em 2009.

“Não queremos perder clientes, esse é nosso principal objetivo. Vamos buscar otimizar receitas apenas, já que é possível fazer ajustes sem cortes e demissões”, afirmou o presidente, que preferiu não apontar projeções para sinergias.

Setúbal explicou que foram organizados 18 grupos de trabalho para deixar o processo de integração dos bancos mais funcional, aproveitando “o que há de melhor em cada instituição”. Ainda assim, a conclusão de tal procedimento nas agências deve demorar alguns anos.

Expansão para o exterior

Após o fim do procedimento de integração, o Itaú Unibanco planeja se voltar ao mercado externo, na realização de projetos de expansão internacional. Um dos países apontados como possíveis investidas seria o México, que possui diversas instituições em problemas por causa da crise financeira global.

“Não estamos buscando comprar nada barato”, reforçou Setúbal, que acredita ser essencial a consolidação do novo banco para só então considerarem a compra e o investimentos em empresas estrangeiras do setor.

Segundo ele, os bancos do país estão em condições tão melhores por causa de sua solidez, beneficiando o próprio governo brasileiro que não se vê obrigado a injetar capital no sistema financeiro, ao invés de investir na economia.

Volta do crédito

A melhor posição dos bancos brasileiros para enfrentar o cenário adverso levou a uma recuperação no crédito mais rápida do que no exterior. “O crédito voltou”, afirmou o presidente-executivo. Em sua visão, porém, o spread nos bancos ainda não foi diminuído por causa da expectativa ainda persistente de maior inadimplência.

“Conforme a economia se normalizar, haverá uma redução natural do spread, o que pode ocorrer por volta de outubro e novembro”, disse.

Tal vantagem do setor bancário brasileiro levou investidores a especularem que o Itaú Unibanco poderia comprar a participação do Citigroup, em dificuldades desde o segundo semestre de 2008, na operadora de cartões Redecard. Os rumores, porém, foram negados por Setúbal, que explicou que, apesar de não terem uma posição clara sobre tal operação, provavelmente não seriam compradores dos ativos.

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