Está mais difícil para as empresas no Brasil pagar suas contas. Uma pesquisa realizada pela Serasa mostra que, nos primeiros sete meses do ano, a inadimplência de pessoas jurídicas cresceu 12% em comparação ao mesmo período de 2005.

Na avaliação dos técnicos da instituição, o aumento deve-se à expansão do crédito a juros elevados e à valorização do real, que resultou na queda da rentabilidade das empresas exportadoras, dificultando o cumprimento do fluxo de caixa. O crescimento da inadimplência dos consumidores também é apontado como um dos fatores que impediram as empresas de cumprir com seus compromissos.

De janeiro a julho, houve aumento de 10,1% no valor médio das dívidas com bancos e de 3,1% nas de cheques sem fundos. A média de valor dos títulos protestados foi de 1  384,93 reais e, dos cheques sem fundos, 1  241,53 reais.

Julho

Após registrar queda de 10,4% em junho, o índice de inadimplência de julho subiu 2,7%. Se comparado a julho de 2005, a alta foi de 10,3%.

Os títulos protestados tiveram maior participação na inadimplência das empresas, com peso de 40,5%, seguidos pelos cheques sem fundos, com 40% de contribuição.