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Greve dos bancários prejudica cliente sem cartão eletrônico

A prova de fogo da automação do sistema bancário será entre sexta e terça-feira, quando se concentram os pagamentos previdenciários. O TRT-SP determinou nesta quarta-feira à tarde a abertura de todas as agências bancárias do estado de São Paulo

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

A greve dos bancários, que já dura 15 dias, pôs à prova a automação do sistema bancário. Os bancos fechados prejudicam os clientes que não possuem cartão eletrônico para movimentar a conta.

No caso dos programas sociais do governo, os beneficiários que se cadastraram há menos de 30 dias ainda não receberam seu cartão. O governo estima que 376 mil pessoas estejam nessa situação. Com o cartão, os clientes podem sacar o dinheiro em caixas automáticos, cujo abastecimento é feito por empresas terceirizadas que não estão em greve. Do total de beneficiários 7,4 milhões recebem o dinheiro em conta corrente, e 15,3 milhões sacam os recursos com o cartão. Há 17 mil agências bancárias no país, das quais 11 mil são de bancos privados.

No caso dos aposentados, pode ser necessário recorrer a postos lotéricos (9 mil em todo o país) ou aos 2,1 mil correspondentes bancários da Caixa Econômica Federal (CEF), caso a agência seja uma das afetadas pelo movimento e haja dificuldades em operar um caixa automático. De acordo com a assessoria da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), há uma preferência dos aposentados em sacar na boca do caixa porque "não se dão bem" com meios eletrônicos de pagamento, porém não há dados sobre quanto isso representa. O maior teste, caso a greve prossiga, será a partir de sexta-feira (1/10), quando começa o período dos cinco primeiros dias do mês em que se concentram os pagamentos.

De qualquer modo, segundo Carlos José dos Santos Filho, consultor de campo da Caixa Econômica Federal (CEF) para Santo Amaro (zona sul da cidade de São Paulo), a greve dos bancários quase não é perceptível nos bairros periféricos. "Está mais concentrada na região central, onde o poder dos piquetes é maior", afirma. Além disso, os beneficiários do programa Bolsa-Família e do vale-gás, por exemplo, concentram-se na periferia e já têm o hábito de recorrer às lotéricas para receber o dinheiro.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 25%, 14º salário e gatilho quando a inflação acumulada, medida pelo ICV-Dieese, superar 3%. A contraproposta da Fenaban é de reajuste de 8,5% a 12,77% (6% de aumento real acima da inflação de 6,7% medida pelo INPC) e participação nos lucros e resultados de 80% do salário mais o valor fixo de 705 reais, com limite de até 5 010 reais. Na noite de ontem (28/9), a federação divulgou em comunicado que essa proposta havia alcançado consenso depois de três meses de negociações, mas foi derrubada nas assembléias sindicais, resultando em "indevido bolqueio de acesso a diversas agências bancárias".

Agências abertas

O vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, Pedro Paulo Teixeira Manus, determinou nesta quarta-feira à tarde a abertura de todas as agências bancárias do estado de São Paulo. Pela liminar concedida pelo juiz, no máximo 40% dos funcionários de cada agência bancária poderão participar do movimento. O descumprimento da decisão será punido com multa diária de 200 mil reais. A Fenaban preferiu não se pronunciar oficialmente sobre a liminar. A assessoria do sindicato dos bancários informou que a entidade vai recorrer.

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