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Fusão de bancos aumenta a concorrência, diz presidente do Bradesco

Márcio Cypriano diz a EXAME que fusão Itaú-Unibanco deixou mercado ainda mais competitivo, mas descarta aquisição sem rentabilidade

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Desde que a fusão entre Itaú e Unibanco foi anunciada, em novembro, Márcio Cypriano, presidente do Bradesco, um dos maiores concorrentes dos dois bancos, tem evitado dar entrevistas e falar sobre a nova estratégia da instituição. Mas ele aceitou responder a algumas perguntas de EXAME, por e-mail. Os principais trechos da entrevista estão resumidos a seguir:

Como a fusão do Itaú e Unibanco muda o mercado para o Bradesco?
A fusão aumenta a concorrência no já disputado mercado bancário brasileiro. De forma geral, os desafios são os mesmos de 65 anos atrás, quando começamos a partir de uma pequena agência em Marília. Hoje, temos solidez, ganhamos o reconhecimento do mercado nacional e internacional, temos liderança em vários segmentos de negócio. O que muda é que temos de melhorar nossos indicadores de qualidade e performance.

Quais são as estratégias do Bradesco para competir no mercado agora?
O Bradesco mantém o rumo, trabalhando naquilo em que acredita. Mas a conjuntura atual favorece a ampliação da escala de atuação. Queremos bancarizar as pessoas e buscar novos nichos de mercado. Nesse sentido, há projetos e produtos sendo testados e experimentados todos os dias.

O Bradesco retomou o plano de abrir agências e conquistar novos correntistas?
Inauguramos 196 agências neste ano e temos mais 74 em fase de obras para serem abertas em 2009. O Bradesco tem mais de 37,5 milhões de clientes. Desses, 20 milhões são correntistas. Nosso objetivo é conquistar 1,5 milhão de correntistas por ano a partir de 2009. Mas, particularmente, acho essa projeção modesta. Se conseguirmos converter estes 17,5 milhões de clientes em correntistas, teremos provavelmente um crescimento mais rápido da base. Em 2008, vamos crescer a base em 1,750 milhão de clientes. Em 2007, ampliamos em 2,5 milhões. Temos capacidade para manter um ritmo forte de expansão do número de clientes, principalmente nas classes C, D e E, público que está sendo beneficiado pelo maior crescimento econômico e distribuição de renda.

O Bradesco pretende atuar no exterior como banco comercial?
Não há planos. Nossa prioridade é o mercado interno. Além disso, o Bradesco já é grande o suficiente e não é prioritário nos lançarmos num programa de aquisições que não agregue valor ao acionista. Em primeiro lugar, a rentabilidade, a lucratividade e a eficiência.

Qual é a meta de crescimento da carteira de crédito do Bradesco?
Depende do comportamento do PIB. Se a expansão ficar entre 2% e 2,5% no próximo ano, prevemos um aumento do crédito de 15% a 20%.

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