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Fundos, poupança ou Tesouro Direto?

Com juros em queda, investidor precisa ficar atento aos custos de aplicação na hora de escolher o investimento

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

  Em 2006, a taxa básica de juros (Selic) caiu 4,75 pontos percentuais, saindo de 18% ao ano nos primeiros dias de janeiro para os atuais 13,25% ao ano. A perspectiva para 2007 continua sendo de queda nos juros, o que deverá provocar novas reduções na rentabilidade das aplicações de renda fixa.

Esse cenário - que parece desanimador para os investidores mais avessos a risco - chama a atenção para um ponto que, daqui pra frente, deve ganhar cada vez mais importância no momento da escolha do investimento: o custo da aplicação. Abrir mão de uma opção menos onerosa pela comodidade de concentrar todos os investimentos em apenas uma instituição financeira pode custar caro.

Nos fundos DI e renda fixa, por exemplo, a taxa de administração varia de 0,3% a 5% ao ano, de acordo com a instituição e o valor da aplicação. Considerando, ainda, a cobrança de imposto de renda ( de 15% a 22,5%, de acordo com o período de aplicação), o rendimento líquido pode ficar abaixo da poupança, que paga 6% ao ano mais TR, e é isenta de imposto de renda. "Quem tem aplicação financeira não pode cair no comodismo. É preciso pesquisar, comparar as alternativas disponíveis no mercado e acompanhar sempre o desempenho dos investimentos", afirma o vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Andrew Stofer.

Uma opção ainda pouco familiar entre os investidores é a compra direta de títulos do Tesouro Nacional. "Alguns investidores acreditam que aplicar em fundos de investimento é mais seguro que investir no Tesouro Direto. Isso não é verdade, já que os fundos são lastreados nesses títulos", diz Stofer. A principal vantagem dessa aplicação, segundo os especialistas, está exatamente no custo da operação que, em geral, é inferior ao dos fundos. Mas é preciso ficar atento. Algumas instituições cobram taxas superiores às dos fundos. "Isso acontece porque há uma competição direta com os produtos do banco. As aplicações no Tesouro Direto vão para o Tesouro, e a instituição prefere que o cliente aplique em seus investimentos", afirma Marcos Monteiro de Barros, diretor da corretora Socopa.

Para aplicar no Tesouro Direto, o investidor desembolsará uma taxa de custódia de 0,4% ao ano, direcionada à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC), mais uma taxa de custódia cobrada pela instituição que intermedeia a operação, de até 4% ao ano. Há instituições que não cobram esta taxa, enquanto outras, além do percentual sobre o valor aplicado, exigem o pagamento de mais 25 reais por operação. A incidência do imposto de renda segue as mesmas regras destinadas aos fundos renda fixa:

- 22,5% em aplicações com prazo de até 180 dias;
- 20% em aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
- 17,5% em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
- 15% em aplicações com prazo acima de 720 dias.

Enquanto as taxas são cobradas na ocasião do pagamento de juros, no resgate ou no ato da venda dos títulos públicos, o imposto de renda é descontado somente no vencimento do título ou na ocasião da venda. Ou seja, o investidor ganha o rendimento da capitalização dos juros até o momento do resgate. Se o saque for realizado num prazo inferior a 30 dias a partir da data de aplicação, há a incidência do imposto sobre operações financeiras (IOF).

No site do Tesouro Nacional é possível fazer um teste para avaliar qual o título mais indicado de acordo com o perfil do investidor, além de obter informações sobre o passo-a-passo para aplicação. Em novembro, a maior demanda foi pelos títulos prefixados (LTN e NTN-F), que corresponderam a 55% das vendas. Atualmente, 71.613 investidores investem no Tesouro Direto, com aplicações que somam 1,06 bilhão de reais.

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