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Fundos de ações com FGTS são os mais rentáveis de fevereiro

Alta das ações da Petrobras elevou retorno dessas aplicações

Petrobras: fundos com recursos do FGTS que aplicam nas ações da estatal foram destaque de fevereiro (Germano Lüders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2012 às 19h58.

São Paulo - Os fundos de ações formados por recursos do FGTS foram os mais rentáveis de fevereiro, segundo balanço da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Com rentabilidade média de 3,21%, essa categoria é dividida em dois tipos de fundos: aqueles que investem em ações da Vale e os que aplicam em Petrobras. O uso do FGTS para aplicações em bolsa foi permitido pelo governo apenas em ofertas públicas bastante específicas de papéis dessas duas empresas. Nenhum desses fundos está aberto a novas aplicações neste momento.

O resultado positivo do mês passado foi puxado pela estatal do setor de petróleo. Em fevereiro, os fundos de Petrobras avançaram 8,35% beneficiados pela alta do preço do barril no mercado internacional gerada por conflitos na Líbia, no Egito e em outros países do Oriente Médio. Já os fundos da Vale tiveram uma rentabilidade média negativa.

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Outros destaques do mês passado foram os fundos de ações setoriais, que investem em determinados segmentos da economia e tiveram alta de 2,32%, e os fundos multimercado multiestratégia, que podem investir em diversas classes de ativos, inclusive com alavancagem, e renderam 1,51%. Veja na tabela abaixo os principais destaques da indústria:

Tipo de fundoRetorno em fevereiro (em %)
Referenciado DI0,86
Renda fixa0,96
Long and short - Neutro0,7
Multimercados macro0,84
Multimercados Multiestratégia1,51
Ações Ibovespa Ativo0,01
Ações IBRX Ativo1,51
Ações small caps-0,27
Ações livre0,39
Ações FGTS3,21
Ações setoriais2,32
Fonte: Anbima

Nos últimos 12 meses, em geral quem investiu em fundos de renda fixa e multimercados se deu melhor do que quem comprou ações. Após um 2009 fantástico, a bolsa vem andando de lado devido às preocupações dos investidores com as economias americana e europeia, à alta de juros no Brasil e na China e, mais recentemente, à crise no Oriente Médio. Por outro lado, os fundos de renda fixa só têm a ganhar sempre que o Banco Central eleva os juros no país.

No mês passado, a indústria brasileira de fundos captou 5,9 bilhões de reais e superou pela primeira vez a marca de 1 trilhão de dólares. Em moeda local, o patrimônio líquido investido em fundos chegou a 1,673 bilhão de reais em fevereiro. Segundo os dados mais recentes do ICI (Investment Company Institute), o Brasil já é o sexto maior mercado para fundos de investimento no mundo.

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