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Fim do mandato de Aécio Neves é risco para ações da Cemig, diz Unibanco

A saída do tucano pode desacelerar o ritmo de crescimento da estatal mineira, segundo analistas do banco

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

O fim do mandato do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), previsto para o fim de 2010 pode representar um risco para as ações da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) já no início deste ano. Segundo relatório divulgado pelo Unibanco nesta quarta-feira, a saída do tucano – ele não pode mais se reeleger – apresenta um cenário de desaceleração do ritmo de crescimento da empresa, até porque os investidores realizaram grandes lucros com seus papéis no ano passado e isso deve ser revertido em 2009.

Segundo a própria empresa, que é controlada pelo governo mineiro, nos últimos quatros anos – todos na gestão de Aécio Neves - seu valor de mercado saltou de 4 bilhões de reais para 20 bilhões. Nos últimos anos, a Cemig adquiriu cerca de 25% da distribuidora de energia do Rio de Janeiro Light e participa do consórcio que venceu a licitação no ano passado para a construção da usina hidrelétrica Santo Antônio, no complexo do Rio Madeira.

Além disso, o Unibanco aposta na queda das ações da Cemig devido ao interesse da empresa em comprar os 14,3% que o grupo Votorantim detém na CPFL, por cerca de 2 bilhões de reais, pois considera negativa a estratégia de aquisição da companhia sem que se tenha espera para redução de custo com o negócio, pois a CPFL já é conhecida por uma eficiente estrutura de operação.

No início deste mês, o banco Santander também considerou negativa uma possível negociação entre as duas empresas, afirmando que os papéis da Cemig poderiam cair no curto prazo por causa da deterioração dos seus múltiplos e o risco de que os minoritários pleiteiem o tag along - direito de receber, por seus papéis, o mesmo dos acionistas majoritários, em caso de troca de controle.

Para o Santander, o que mais desagradaria os investidores com o negócio seria a deterioração de seus múltiplos. Atualmente, as ações ordinárias da Cemig são negociadas por 7,5 vezes o P/L estimado de 2010. O P/L indica a relação entre o preço do papel e o lucro líquido por ação. Os analistas costumam dizer que, de modo geral, esse indicador mostra em quanto tempo o investimento em um papel retorna. No caso da Cemig, isso demoraria 7,5 anos pelo critério do P/L. Já as ações da CPFL são negociadas a 10 vezes o P/L estimado para 2010. Ou seja, demora mais para um investidor obter o retorno do que aplicou nessas ações.

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