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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Em meio à crise financeira mundial, os especialistas vêm recomendando investir em ações defensivas - aqueles papéis de empresas pouco dependentes do mercado externo e com forte geração de caixa. O setor elétrico desponta como uma das apostas, mas as empresas de telecomunicações também são uma boa alternativa, de acordo com a Fator Corretora. "Continuamos com uma perspectiva positiva para o setor, devido à forte geração de caixa das companhias e seus resultados relativamente previsíveis, o que as torna menos vulneráveis à crise mundial", afirma relatório da corretora.
Os analistas também mostram tranqüilidade em relação às necessidades de capital das companhias para bancar os pesados investimentos para a expansão da rede, implantação do serviço de telefonia móvel de terceira geração (3G) e banda larga. Para a corretora, o setor tem condições de enfrentar a escassez mundial de crédito, por meio de sua posição de caixa confortável e de linhas estratégicas de financiamento, como as do BNDES. Veja, a seguir, um resumo da situação das empresas cobertas pela Fator:
Oi - segundo a Fator, a companhia apresenta uma forte expansão de sua base de clientes de telefonia móvel e banda larga, sem comprometer o desempenho operacional. Os analistas também esperam uma aceleração das vendas da companhia após o terceiro trimestre, quando a Oi iniciará a prestação de serviços em São Paulo. Para os papéis da companhia, os novos preços-alvos para os próximos 12 meses são:
TNLP3: 55,89 reais - um potencial de valorização de 102,5% sobre o fechamento desta sexta-feira (10/10) - recomendação de compra
TNLP4: 50,30 reais - potencial de alta de 93,46% - recomendação de manter
TMAR5: 80,10 reais - potencial de alta de 74,13% - recomendação de compra
Brasil Telecom - apesar do desempenho operacional, o valor das ações da empresa está vinculado à oferta de compra apresentada pela Oi em abril. Por isso, a corretora recomenda investir nos papéis da Oi, que caminha para se tornar a controladora da Brasil Telecom. Em relação aos papéis da BrT, as expectativas são:
BRTP4: 29,31 reais - upside de 109,36% - recomendação de manter
BRTO4: 18,09 - upside de 60,10% - recomendação de manter
Telesp - o potencial de valorização da empresa é menor que o das demais, mas ela permanece entre os "top pick" (papéis mais recomendados) do Fator por causa de sua característica defensiva para enfrentar a crise. Além de ser uma forte geradora de caixa, a corretora espera que a Telesp continue pagando dividendos a uma taxa superior a 10% pelos próximos anos. O preço-alvo das ações preferenciais (TLPP4, sem direito a voto) é de 65,88 reais, com potencial de alta de 49,76% e recomendação de compra.
GVT - é a empresa com a qual a Fator demonstrou maior preocupação. Segundo a corretora, a companhia pode encontrar dificuldades para financiar seu plano de expansão. Apesar disso, a corretora aposta que a GVT continuará a apresentar um forte crescimento de sua base de clientes, sobretudo devido à migração decorrente da portabilidade. Suas ações ordinárias (GVTT3, com direito a voto) têm preço-alvo de 38,78 reais, com potencial de alta de 80,30% e recomendação de compra.
Contax - os analistas projetam uma forte expansão para os próximos trimestres, estimulada por novas iniciativas na área de call center, e pela chegada da Oi a São Paulo. Além disso, a companhia possui uma forte geração de caixa, e deve continuar seu programa de recompra de ações. As ações preferenciais da companhia (CTAX4, sem direito a voto) têm preço-alvo de 68,18 reais, upside de 127,27% e recomendação de compra.