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Fator Corretora passa a recomendar compra de ações da Saraiva

Nova avaliação incorporou dados dos resultados da rede de livrarias no segundo trimestre de 2008 e da aquisição da rede Siciliano

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2011 às 12h05.

A Fator Corretora melhorou a avaliação e ampliou a expectativa de preço-alvo das ações preferenciais da Saraiva negociadas na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa). A recomendação passou de "manter" para "comprar" e o preço-alvo foi elevado para 32,80 reais em dezembro de 2009. Nesta sexta-feira, as ações fecharam cotadas a 17 reais, uma alta de 3,98%.

As previsões já incorporam os dados referentes aos resultados obtidos pelo grupo no segundo trimestre de 2008, a aquisição da rede de livrarias Siciliano e também o provável aumentos do custos de capital da empresa com a crise do crédito.

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De acordo com a corretora, o forte crescimento das vendas de varejo do setor eletrônico e a incorporação das lojas da Siciliano na rede Saraiva terão um efeito positivo na estabilização do fluxo de caixa do grupo durante o ano.

A Saraiva, maior rede de livrarias do Brasil, comprou a rede Siciliano em março deste ano por 60 milhões de reais. Até o final de 2009, as 30 maiores lojas Siciliano devem ter sido transformadas em unidades da Saraiva, segundo o diretor-presidente desta última, Marcílio Pousada. O modelo Saraiva de negócios também está sendo transferido à rede adquirida.

Outro fator a ser considerado é que a corretora avalia que os novos parâmetros de distribuição de livros didáticos adotados pelo governo federal, dentro do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e do Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLEM), irá beneficiar o segmento das editoras brasileiras. Para 2009, estão sendo escolhidos livros didáticos de Geografia e Física para ambos os programas de distribuição gratuita às redes públicas de ensino. Até este ano, tais matérias não eram atendidas.

A Fator reitera a avaliação positiva em relação aos fundamentos da operação do grupo Saraiva. A corretora avalia que, em razão de o grupo ter focado investimentos no setor de livrarias, foi possível impulsionar as operações de varejo e reduzir a participação do segmento editorial, apesar de as margens de lucro terem sido rebaixadas.

A expectativa é que o negócio editorial da Saraiva, responsável por 48,6% do faturamento em 2007, tenha sua participação reduzida para 34,2% em 2009, e para 32,4% em 2010. Desta forma, a Fator prevê que as margens de lucro bruto sejam afetadas pela maior participação do setor de varejo, recuando 3,5 pontos percentuais em 2009, para 43,1%, e 0,9 ponto percentual em 2010, para 42,2%.

Segundo a corretora, a queda na margem de lucro bruto poderia ter um impacto negativo na margem do EBITDA (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações), com a expectativa de perda de 2,3 pontos percentuais, recuando para 13%. No entanto, em razão da diluição de vendas e gastos administrativos pela maior participação do segmento Internet, pode haver uma recuperação no resultado consolidado de 2,7 pontos percentuais em 2010.

A Fator Corretora avalia também, que a Saraiva terá uma forte capacidade de melhorar o rendimento das lojas Siciliano adquiridas, já que tais estabelecimentos obtiveram no segundo trimestre de 2008 um retorno de 2.012,00 reais por metro quadrado, enquanto que nas unidades da Saraiva o resultado foi de 3.528,00 reais por metro quadrado. Além disso, os analistas esperam crescimento nas vendas de varejo no segmento eletrônico em razão do potencial de mercado e das altas taxas obtidas pela Saraiva nos últimos trimestres.

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