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Cálculos de especialistas mostram como fica o rendimento dos planos privados de previdência com as novas regras tributárias

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Quem aplica em planos de previdência privada tem até julho para optar por um modelo de tributação. O investidor poderá escolher entre ficar no regime "antigo", que utiliza como base a tabela progressiva do Imposto de Renda, ou migrar para o sistema "novo", em que o imposto a ser pago diminui ao longo dos anos.

A pedido de EXAME, a Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp), a seguradora Sul América e o consultor financeiro Valter Hime compararam o rendimento dos planos em diferentes situações. Os quadros mostram as principais contas feitas pelos especialistas.

Previdência "nova" X "antiga"

De forma geral, os planos novos são melhores para o investidor que realmente pensa no longo prazo, já que, em dez anos, a alíquota do imposto de renda a ser pago cai de 35% para 10%. Os quadros abaixo simulam duas situações para mostrar quando vale a pena optar pelo regime novo e quando vale a pena ficar no antigo:

1. Para quem poupa todo mês

Veja quanto um poupador que aplica 1 000 reais por mês num Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) conseguiria sacar ao longo dos anos depois de ter pago todos os impostos, dependendo da regra de tributação escolhida(1).

(em reais)
Prazo
PGBL "novo"
PGBL "antigo"
4 anos
38 171
46 466
6 anos
64 730
72 140
8 anos
97 773
102 086
10 anos
138 724
137 015
20 anos
490 964
420 763
30 anos
1 251 422
1 033 354
(1) Foi considerado um rendimento médio anual de 8% para os
dois planos.
Fonte: Sul América

2. Para quem faz um aporte único

Veja quanto um poupador que faz uma contribuição única de 80 000 reais num PGBL conseguiria sacar ao longo dos anos depois de ter pago todos os impostos, dependendo da regra de tributação escolhida(1).

(em reais)
Prazo
PGBL "novo"
PGBL "antigo"
4 anos
75 044,57
78 190,12
6 anos
93 784,27
91 123,52
8 anos
116 682,64
106 209,03
10 anos
144 604,80
123 804,77
20 anos
330 555,08
266 745,87
30 anos
713 643,63
575 344,98
(1) Foi considerado um rendimento médio anual de 8% para os
dois planos.
Fonte: Anapp

Quando os fundos ganham

O bom senso diz que planos de previdência devem ser mais vantajosos que outras aplicações financeiras apenas no longo prazo, já que a maioria dos investidores usa esses produtos para poupar para a aposentadoria. Mas não era isso que acontecia no passado. O quadro compara os rendimentos que um investidor que fez um aporte único de 1 000 reais conseguiria num fundo de investimento ou em diferentes planos de previdência, dependendo do regime de tributação.

(em reais)
Prazo
PGBL novo(1)
PGBL antigo
VBGL novo(2)
VGBL antigo
Fundo de investimento(3)
2 anos
1 031,69
1 507,84
1 087,48
1 146,36
1 152,23
4 anos
1 318,07
1 759,22
1 246,60
1 359,96
1 338,28
10 anos
2 672,22
2 702,33
2 082,86
2 237,45
2 071,89
20 anos
6 648,37
5 778,71
4917,07
4 563,43
4 292,73
30 anos
15 621,93
13 007,41
11 422,90
9 784,32
8 894,07
(1) Considera que o valor que pode ser deduzido da base de
cálculo da declaração anual do Imposto de Renda será reinvestido no plano

(2) Vida Gerador de Benefícios Livres. É indicado para quem faz a declaração
simplificada de imposto de renda, porque não é possível fazer nenhuma dedução.
Por isso, a rentabilidade é inferior à do PGBL.
(3) Já considera as regras novas
Fonte: Valter Hime
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