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É melhor investir na Bolsa ou no Tesouro Direto?

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Dúvida: Para investidores iniciantes, é melhor começar pelo Tesouro Direto (eternalcreative/Thinkstock)

Dúvida: Para investidores iniciantes, é melhor começar pelo Tesouro Direto (eternalcreative/Thinkstock)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 9 de novembro de 2017 às 12h00.

Última atualização em 9 de novembro de 2017 às 12h00.

Pergunta do leitor: Tenho muito interesse em investir na Bolsa, porém não sei exatamente por onde começar. Há tempos venho estudando sobre investimentos, mais pouco consegui absorver. Com capital de R$ 10 mil, é melhor investir Bolsa ou no Tesouro Direto? Posso investir todo meu dinheiro em ações?

Resposta de Thiago Nigro*: 

Apesar da bolsa de valores ser muito atrativa para quem quer retornos interessantes, ela não é o lugar adequado para o investidor iniciante. A bolsa de valores é um mercado de renda variável, e entrar com capital nela sem nenhum conhecimento do seu funcionamento vai te expor a um risco enorme de acabar perdendo todo o seu dinheiro.

A sugestão para quem está começando no mercado de investimentos é que comece pensando em 2 pilares básicos: o fundo de emergência e a aposentadoria.

O fundo de emergência é uma aplicação que precisa estar em um investimento seguro e que tenha alta liquidez, ou seja, que a retirada do dinheiro seja feita rapidamente. A ideia desse investimento é que ele te sirva como proteção em casos de imprevistos, que, mesmo sendo imprevistos, frequentemente acontecem em nossa vida.

Nesse sentido, investir até ter um valor referente a 12 meses do seu gasto mensal no seu fundo de emergência é uma opção interessante, podendo ser diminuído em até 6 meses caso o investidor tenha carteira assinada ou seja funcionário público. Tesouro Selic e fundos DI são exemplos de investimentos que funcionam bem como fundo de emergência.

Já os investimentos para a aposentadoria tem o foco de ser para o longo prazo. Idealmente, faz sentido para o investidor que procure por aplicações com prazos um pouco maiores e que sejam atrelados ao IPCA, garantindo assim um retorno acima da inflação. Aqui o investidor tem mais opções, já que pode investir em Tesouro IPCA e até mesmo previdência privada.

Uma dica que eu dou é para usar esse tempo de investimento fora do mercado de ações para procurar ter conhecimento sobre ele. Isso permitirá que, com o tempo, você consiga começar a aplicar na bolsa de valores com consciência, sem se expor a riscos demasiadamente exagerados.

Quando você tiver condições de começar a investir em ações – ou seja, já tiver seu curto prazo formado – você deve começar investindo através de fundos de ações, pois aqui você delega sua decisão a um gestor profissional, e em paralelo vai aprendendo sobre o assunto. Depois de ficar craque no assunto, aí sim, vá direto ao investimento em ações propriamente dito, mas esteja ciente: o começo é para aprender, e não para ganhar dinheiro. O dinheiro virá com o tempo”.

*Thiago Nigro é educador financeiro e youtuber do canal "O Primo Rico". 

 

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