Minhas Finanças

Devo investir R$ 200 mil em um fundo de renda fixa simples?

O universo de fundos de renda fixa não se limita à essa classe

 (SOPA Images/Getty Images)

(SOPA Images/Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 15 de novembro de 2019 às 08h31.

Última atualização em 19 de novembro de 2019 às 15h38.

Pergunta do leitor: Devo investir R$ 200 mil em um fundo de renda fixa simples? 

Resposta de Eliane Tanabe, CFP®

Aos ouvidos de um investidor conservador e iniciante, pode soar muito atraente. A simplicidade começa no nome “Renda Fixa Simples”, aliado ao baixíssimo risco, com remuneração muito aderente à oscilação das taxas de juros dos Certificados de Depósito Interfinanceiro (DI). 

Apesar de existir uma classificação de fundos denominada “Fundo Simples”, entendo que a referência do consulente pode ser para o adjetivo “simples” em relação aos fundos de renda fixa. Mas o universo de fundos de renda fixa não se limita à essa classe. 

Você pode investir em fundos com estratégias mais “ativas”, que buscam superar as taxas de juros DI. Fundos feitos para acompanhar rentabilidades de papéis – certificados, letras, notas – mais longos, cujas ofertas de juros são diferenciadas e oscilam com mais intensidade, uma vez que são marcadas a mercado, ou seja, ao preço que o mercado é disposto a pagar, no dia, pelos papéis. Seu risco de mercado são as tais durations dos papéis, especialmente os também prefixados.

Outro tipo comum, são fundos que buscam retornos diferenciados comprando papéis com maior risco de crédito privado, que oferecem maiores retornos por pulverizar os recursos nesse tipo de papel de emissão de instituições privadas. São fundos de certa forma muito acessíveis que permitem aplicações com valores iniciais em torno de R$ 50, mas por esse motivo alguns podem cobrar taxas de administração mais elevadas. Com os atuais níveis de taxa de juros no Brasil, fundos com altos custos, somados ao imposto de renda que é descontado semestralmente ou no resgate sobre os rendimentos, podem comprometer a boa evolução do seu patrimônio financeiro. 

O volume de R$ 200 mil já admite a montagem de uma carteira diversificada, que recomendo direcionar uma parcela para aplicações conservadoras, com liquidez diária que irão suportar a importante reserva de emergência. E com o valor restante o ideal é buscar outros produtos que visam obter maiores retornos. Fundos de investimentos podem requerem tempo de retorno, prazos de carência, estratégia tributária, etc.

Verifique qual foi o comportamento do gestor, principalmente nos momentos de crise, qual taxa de administração é cobrada, se possui ou não cobrança da taxa de performance, qual o patrimônio líquido e data da criação do fundo. Além disso, fique atento ao cenário econômico brasileiro e no exterior, afinal somos impactados por esses fatores! Acompanhe indicadores econômicos e monitore seus investimentos periodicamente.

* Eliane Tanabe é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Email: elianet.tanabe@splendys.net

As respostas refletem as opiniões do autor, e não do site Exame ou da Planejar. O site e a Planejar não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Envie suas dúvidas sobre investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

Conte com a ajuda da assessoria BTG Pactual digital na hora de investir. Abra sua conta!

Acompanhe tudo sobre:Palavra de especialistaplanejamento-financeiro-pessoalrenda-fixa

Mais de Minhas Finanças

Veja o resultado da Mega-Sena concurso 2751: prêmio acumulado é de R$ 51,9 milhões

Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 53 milhões

Mega-Sena acumulada: quanto rendem R$ 53 milhões na poupança

Bancos brasileiros apresentam instabilidade após 'apagão cibernético' desta sexta-feira

Mais na Exame