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Desemprego e queda da renda são principais razões de inadimplência

Levantamento do SPC Brasil e da CNDL perguntou aos consumidores endividados por quais motivos atrasaram o pagamento de suas contas

SPC Brasil: Falta de trabalho prejudicou bem mais as classes mais baixas (Stas_V/Thinkstock)

SPC Brasil: Falta de trabalho prejudicou bem mais as classes mais baixas (Stas_V/Thinkstock)

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Juliana Elias

Publicado em 3 de setembro de 2019 às 16h04.

As dificuldades encontradas no mercado de trabalho estão entre as principais razões para a inadimplência do brasileiro, de acordo com pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Segundo o levantamento, a perda do emprego foi a razão mais apontada por aqueles que têm algum pagamento atrasado, com 30,2% das menções. É seguida pela diminuição na renda, mencionada por 29% dos entrevistados.

Emprestar o nome para outros realizarem compras ou empréstimos foi a terceira fonte de inadimplência mais citada, com 14% das menções, enquanto falta de controle e de planejamento do orçamento vem na sequência, indicada por 13% dos entrevistados. Para 10,5% dos pesquisados, o atraso nas contas aconteceu porque seu salário atrasou ou não foi pago.

Os efeitos do alto desemprego no país, entretanto, não são iguais entre os diferentes níveis de renda. A perda do trabalho está na origem da inadimplência para 31,5% daqueles que pertencem às classes C, D e E, enquanto que, nas classes A e B, essa razão foi mencionada por apenas 8,6% daqueles com alguma dívida em atraso.

A pesquisa ouviu 600 consumidores com contas em atraso há mais de três meses, nas 27 capitais do país.

Mais endividados tentam melhorar o comportamento

Entre aqueles que se endividaram por falta de controle nas finanças ou por compras feitas por impulso, ainda é alto o número dos que não tentam ou não pensam em mudar o comportamento para evitar novas dívidas no futuro. Essa situação, entretanto, vem mudando.

Em 2018, 58% dessas pessoas afirmavam que não planejavam ou não achavam que precisavam mudar algo em sua atitude. Em 2019, essa proporção caiu para 47%, enquanto 53%, agora, dizem estar repensando o comportamento.

Entre os que buscaram algum tipo de ajuda, 62,5% recorreram a amigos ou parentes para organizar as contas, e 18,8% buscaram a orientação de algum profissional, como de um consultor financeiro, do banco ou de outras instituições.

 

 

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