Leblon (Gonzalo Azumendi/Getty Images)
Marília Almeida
Publicado em 4 de junho de 2021 às 16h25.
Última atualização em 4 de junho de 2021 às 16h33.
O custo de vida nas cidades brasileiras pode variar até 14%, segundo pesquisa feita pela consultoria Mercer.
O estudo analisou, em 17 cidades brasileiras, dez categorias diferentes de serviços como cuidados pessoais, esportes e lazer, refeições em casa e fora de casa, roupas e calçados, serviços de utilidade pública, serviços domésticos, álcool/tabaco, suprimentos domésticos e transporte.
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Na metodologia, cada categoria tem um peso diferente e, dentro do cálculo, a média ponderada de todas as categorias é comparada à média de São Paulo, cidade usada como referência.
A pesquisa sobre custo de vida nacional revela que a categoria serviços domésticos, que inclui itens como diária para limpeza, babá e serviços de lavanderia, é a que mais pesa no orçamento. A cidade de Porto Alegre, por exemplo, é a mais cara nesta categoria, com custo de vida 7% maior que em São Paulo. Já Fortaleza e Recife registram custo 34% abaixo da média paulista.
Outro ponto mostrado pelo estudo é que a cidade do Rio de Janeiro apresenta, na categoria refeição fora de casa custo 4% maior que o praticado na capital paulista. Fortaleza, na outra ponta, apresenta o menor custo nessa categoria (-32%).
Esporte e lazer é a categoria que ocupa a terceira posição do ranking entre as que mais pesam no orçamento. Esta categoria analisa itens como aluguel de quadra de futebol e tênis, ingressos de cinema e shows, entre outros. O diferencial de nesse item, pode variar em até 51% entre as cidades. Manaus, lidera como a cidade mais cara (16%), seguida por Camaçari (13%), Balneário Camboriú e São José dos Campos (6%). Belo Horizonte é a cidade mais barata nesse tópico (-23%).
Seguindo o ranking, o Rio também lidera como a cidade mais cara nas categorias cuidados pessoais e roupas e calçados, nos dois casos com valores 11% acima dos praticados em São Paulo. Nesse tópico, Campo Grande é a mais barata (-25%).
O consumo de álcool e tabaco é mais dispendioso em Recife, sendo 4% mais alto do que em São Paulo. Já em Manaus, o custo é 25% menor.
Já o maior valor para a categoria refeição em casa é praticado na cidade de Camaçari, 7% acima do município referência, seguida de perto por Porto Alegre, Brasília, Cuiabá e Campinas, todas com 6%. Na outra ponta, João Pessoa tem o custo mais baixo nesse quesito, sendo 19% menor.
Serviços de utilidade pública, que inclui itens como energia elétrica e telefonia, podem variar em até 30%, entre a cidade mais barata e a mais cara. A cidade de Curitiba é mais cara (28%), seguida por Fortaleza (20%), Rio de Janeiro (18%), Belo Horizonte e Campo Grande (17%). Essa cesta é menos dispendiosa em Camboriú (-2%).
Goiânia aparece como a cidade mais cara (15%) na categoria de suprimentos domésticos, que inclui itens como máquina de lavar roupas, micro-ondas, geladeira, ferro elétrico entre outros. Em contrapartida, Recife e Campinas estão listadas como as cidades mais baratas (ambas 6%).
Fechando o ranking, a categoria transporte, que analisa desde preço de veículos zero-quilômetro, como valor do transporte público, litro da gasolina, IPVA, tarifa de taxi, e itens de seguro e manutenção automobilística, traz a cidade de Porto Alegre como a mais cara (6%), e Campinas a mais barata (-2%).
Variação do ranking entre as cestas mais baratas e mais caras do Brasil (cidade referência São Paulo/SP)
1º Serviços domésticos _____________________________________________________________ 62%
2º Refeição fora de casa ____________________________________________________________ 52%
3º Esporte e Lazer __________________________________________________________________ 51%
4º Cuidados pessoais _______________________________________________________________ 48%
5º Álcool e tabaco __________________________________________________________________ 39%
6º Roupas e calçados ______________________________________________________________ 35%
7º Refeição em casa ________________________________________________________________ 31%
8º Serviços de utilidade pública ____________________________________________________ 30%
9º Suprimentos domésticos ________________________________________________________ 22%
10º Transporte ____________________________________________________________________ 8%