Cresce número de profissionais que planejam finanças pessoais no Brasil
Para ajudar as famílias a administrar a renda, uma nova categoria de profissionais se expande no Brasil
Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2012 às 17h54.
Brasília – A expansão de renda dos brasileiros, em muitos casos, traz um efeito colateral. O impulso que estimula as famílias a consumir também pode resultar na perda do controle das finanças pessoais e no envolvimento em dívidas cada vez maiores. Ao mesmo tempo, a população perde oportunidades de ampliar a riqueza, ao deixar de investir em aplicações rentáveis por puro desconhecimento.
Para ajudar as famílias a administrar a renda, uma nova categoria de profissionais se expande no Brasil. O planejador financeiro pessoal orienta as famílias a gerenciar o orçamento e a investir o dinheiro. As estatísticas do próprio setor mostram que a demanda por esse serviço não para de crescer.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), 714 profissionais brasileiros obtiveram a certificação para atuar como planejadores financeiros pessoais em 2011, contra 485 em 2010. De um ano para outro, houve um salto de 47%. A entidade é a única no país autorizada a conceder certificados conforme os padrões do Financial Planning Standards Board (FPSB), entidade criada nos Estados Unidos para estabelecer normas de qualidade para o setor.
Para o economista Fabiano Calil, diretor do IBCPF, o crescimento do número de planejadores financeiros pessoais está associado ao descompasso entre o aumento da renda dos brasileiros e a falta de informações sobre como administrar o orçamento doméstico. “O planejador financeiro diminui a lacuna entre o baixo nível de educação financeira e a grande oferta de serviços oferecidos pelo mercado financeiro”, diz.
Calil esclarece que apenas profissionais autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estão autorizados a dar dicas de aplicações. Mesmo assim, os planejadores financeiros podem explicar as modalidades de investimento e ressaltar a importância de poupar. “O planejador financeiro não necessariamente pode recomendar produtos, mas sempre destaca a necessidade de fazer poupança ou aderir a um plano de previdência complementar”, declara.
O planejador financeiro também fornece orientações sobre o tipo de crédito que a população deve contrair, evitando o cheque especial e o financiamento rotativo dos cartões de crédito, modalidades com juros mais altos. “O planejador ajuda a ver a necessidade de crédito de cada família e a contrair os empréstimos ou financiamentos mais baratos, evitando que a captação [de recursos] vire dívida”, explica.
Segundo o IBCPF, o crescimento do setor no Brasil está acima da média mundial e até de outros países emergentes. Enquanto o número de profissionais financeiros certificados aumentou pouco mais de 40% no país, a expansão foi 22% na Índia, 20% na China e 14% na Indonésia.
Em todo o mundo, o número de profissionais da área aumentou apenas 4,5% no ano passado. Na avaliação da entidade, o potencial de crescimento nos países emergentes continuará elevado nos próximos anos porque o número de profissionais da área ainda é pequeno na comparação com os países desenvolvidos.
Brasília – A expansão de renda dos brasileiros, em muitos casos, traz um efeito colateral. O impulso que estimula as famílias a consumir também pode resultar na perda do controle das finanças pessoais e no envolvimento em dívidas cada vez maiores. Ao mesmo tempo, a população perde oportunidades de ampliar a riqueza, ao deixar de investir em aplicações rentáveis por puro desconhecimento.
Para ajudar as famílias a administrar a renda, uma nova categoria de profissionais se expande no Brasil. O planejador financeiro pessoal orienta as famílias a gerenciar o orçamento e a investir o dinheiro. As estatísticas do próprio setor mostram que a demanda por esse serviço não para de crescer.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), 714 profissionais brasileiros obtiveram a certificação para atuar como planejadores financeiros pessoais em 2011, contra 485 em 2010. De um ano para outro, houve um salto de 47%. A entidade é a única no país autorizada a conceder certificados conforme os padrões do Financial Planning Standards Board (FPSB), entidade criada nos Estados Unidos para estabelecer normas de qualidade para o setor.
Para o economista Fabiano Calil, diretor do IBCPF, o crescimento do número de planejadores financeiros pessoais está associado ao descompasso entre o aumento da renda dos brasileiros e a falta de informações sobre como administrar o orçamento doméstico. “O planejador financeiro diminui a lacuna entre o baixo nível de educação financeira e a grande oferta de serviços oferecidos pelo mercado financeiro”, diz.
Calil esclarece que apenas profissionais autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estão autorizados a dar dicas de aplicações. Mesmo assim, os planejadores financeiros podem explicar as modalidades de investimento e ressaltar a importância de poupar. “O planejador financeiro não necessariamente pode recomendar produtos, mas sempre destaca a necessidade de fazer poupança ou aderir a um plano de previdência complementar”, declara.
O planejador financeiro também fornece orientações sobre o tipo de crédito que a população deve contrair, evitando o cheque especial e o financiamento rotativo dos cartões de crédito, modalidades com juros mais altos. “O planejador ajuda a ver a necessidade de crédito de cada família e a contrair os empréstimos ou financiamentos mais baratos, evitando que a captação [de recursos] vire dívida”, explica.
Segundo o IBCPF, o crescimento do setor no Brasil está acima da média mundial e até de outros países emergentes. Enquanto o número de profissionais financeiros certificados aumentou pouco mais de 40% no país, a expansão foi 22% na Índia, 20% na China e 14% na Indonésia.
Em todo o mundo, o número de profissionais da área aumentou apenas 4,5% no ano passado. Na avaliação da entidade, o potencial de crescimento nos países emergentes continuará elevado nos próximos anos porque o número de profissionais da área ainda é pequeno na comparação com os países desenvolvidos.