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Crédito mais barato: 1,3 milhão trocam cheque especial por parcelado

Mudança reduz o custo do crédito em mais de 76%

Cartões: criação do cheque especial parcelado é resultado do normativo da autorregulação bancária (Towfiqu Photography/Getty Images)

Cartões: criação do cheque especial parcelado é resultado do normativo da autorregulação bancária (Towfiqu Photography/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 29 de outubro de 2019 às 12h48.

Entre julho de 2018 e setembro deste ano, 16,21 milhões de pessoas trocaram o cheque especial rotativo pelo parcelado, com juros muito menores, informou a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Só em setembro, 1,33 milhão de clientes optaram pela mudança, que reduz o custo do crédito em mais de 76%: a taxa média do rotativo em setembro foi de 12,31% ao mês, enquanto a do parcelado foi de 2,88% ao mês.

O saldo da carteira de cheque especial parcelado em setembro chegou a R$ 20,7 bilhões, um aumento de 9,6% em relação a agosto, e de 229,5% em relação à ao mesmo mês do ano passado. É um volume semelhante ao saldo de empréstimos por meio do cheque especial rotativo, que alcançou R$ 22,3 bilhões no mês passado.

Os números fazem parte de um levantamento feito pela Febraban e levam em conta os juros cobrados por 12 bancos, que representam cerca de 90% do mercado brasileiro do produto.

A criação do cheque especial parcelado é resultado do normativo da autorregulação bancária sobre o assunto, que passou a valer em 1º de julho do ano passado. De acordo com o documento, os bancos devem sempre manter em oferta linhas de crédito com taxas mais atrativas para os clientes com saldo negativo, e enviar propostas, oferecendo essas linhas, aos que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos.

A Febraban lembra que os clientes têm à disposição alternativas de custo bem mais baixo, como o crédito consignado, que representa 20% da carteira de crédito dos bancos. O cheque especial, destinado a emergências e por curto prazo de tempo, representa apenas 1,4% do total do crédito concedido pelas instituições bancárias.

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