A Cosan prepara um aumento de capital de 880 milhões de reais. Com isso, o capital social da empresa passará de 2,935 bilhões de reais para 3,815 bilhões. A operação envolverá a emissão de 55 milhões de ações ordinárias - o equivalente a 20,18% do total de papéis existentes atualmente. Como a subscrição das ações será privada, somente poderão participar da emissão os investidores que possuírem papéis da empresa até esta segunda-feira (22/9).

O aumento de capital repercutiu na cotação dos papéis na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Por volta das 11h25 desta segunda, as ações ordinárias da Cosan (CSAN3, com direito a voto) apresentavam queda de 2,89%, com 289 negócios realizados. A cotação era de 15,75 reais. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, recuava 0,67%, a 52.700 pontos. Na sexta-feira (19/9), as ações fecharam em alta de 9,22%, cotadas a 16,22 reais. Esse valor estava acima do preço de emissão das novas ações - 16 reais.

Os acionistas terão direito de subscrever, isto é, comprar, 0,201799292 ação ordinária para cada papel que já possuírem. Segundo a empresa, o preço foi calculado com base na cotação dos papéis na Bovespa. A Cosan, no entanto, não detalhou como chegou ao preço da emissão. O período de subscrição das ações será de 23 de setembro a 22 de outubro. Os investidores poderão abrir mão de seu direito de preferência, desde que se manifestem por escrito.

Em paralelo, a Cosan vai emitir 55 milhões de bônus de subscrição, equivalentes a 1 bônus para cada nova ação lançada. Cada bônus dará direito, aos participantes do aumento de capital, de comprarem mais 0,6 ação ordinária até seu vencimento, em 31 de dezembro de 2009. A companhia ainda não se manifestou sobre como aplicará os recursos captados no aumento de capital.