Consumidor com dívida teme crédito caro e inflação
Pesquisa mostra que o porcentual de famílias endividadas subiu para 61,6% em abril ante 59,6% em março, mas ficou abaixo de abril de 2014 (62,3%).
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2015 às 15h37.
Rio - Os efeitos do aumento do custo de crédito e da inflação começaram a se fazer sentir na preocupação das famílias com suas dívidas, segundo os dados de abril da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada mais cedo pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Os principais indicadores gerados pela pesquisa (porcentual das famílias entrevistadas que estão endividadas e que estão com dívidas em atraso) subiram em abril em relação a março, mas seguem em níveis inferiores a igual período de 2014, num movimento considerado normal. O dado divergente é que a fatia das famílias que creem não ter condições de pagar suas obrigações não seguiu os demais e ficou estável na comparação com abril de 2014, em vez de abaixo.
Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, a alta de janeiro a abril na comparação mês a mês é normal por causa da sazonalidade: os gastos típicos de início de ano, como matrícula de escolas, IPTU e IPVA, entre outros, levam as famílias a se endividarem mais. O ano passado foi marcado por um recuo generalizado no endividamento, incentivado pelo desaquecimento do consumo. Agora, custo de vida mais alto e juros mais elevados acenderam um sinal de alerta.
"Agravado pelo aumento expressivo no custo de vida, o crédito mais caro impacta na piora da percepção. Quem vai buscar crédito encontra juros mais altos do que no ano passado", disse Marianne.
O porcentual de famílias endividadas subiu para 61,6% em abril ante 59,6% em março, mas ficou abaixo de abril de 2014 (62,3%). A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou para 19,7% ante 17,9% em março, porém abaixo de abril do ano passado (21,0%). Já o porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso aumentou na comparação mensal (6,9% em abril ante 6,2% em março), mesmo nível de abril de 2014.
O último indicador mede a percepção, segundo Marianne, porque a Peic não confere objetivamente a capacidade do entrevistado de pagar a dívida. O próprio informante diz se tem condições de pagar, ou seja, um consumidor de alta renda e com condições de pagar suas dívidas pode achar o contrário.
Pela metodologia da pesquisa da CNC, são consideradas como dívidas cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros. Quem usa cartão de crédito é considerado endividado mesmo pagando a fatura em dia. A Peic coleta dados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, ouvindo cerca de 18 mil consumidores.
Rio - Os efeitos do aumento do custo de crédito e da inflação começaram a se fazer sentir na preocupação das famílias com suas dívidas, segundo os dados de abril da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada mais cedo pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Os principais indicadores gerados pela pesquisa (porcentual das famílias entrevistadas que estão endividadas e que estão com dívidas em atraso) subiram em abril em relação a março, mas seguem em níveis inferiores a igual período de 2014, num movimento considerado normal. O dado divergente é que a fatia das famílias que creem não ter condições de pagar suas obrigações não seguiu os demais e ficou estável na comparação com abril de 2014, em vez de abaixo.
Segundo Marianne Hanson, economista da CNC, a alta de janeiro a abril na comparação mês a mês é normal por causa da sazonalidade: os gastos típicos de início de ano, como matrícula de escolas, IPTU e IPVA, entre outros, levam as famílias a se endividarem mais. O ano passado foi marcado por um recuo generalizado no endividamento, incentivado pelo desaquecimento do consumo. Agora, custo de vida mais alto e juros mais elevados acenderam um sinal de alerta.
"Agravado pelo aumento expressivo no custo de vida, o crédito mais caro impacta na piora da percepção. Quem vai buscar crédito encontra juros mais altos do que no ano passado", disse Marianne.
O porcentual de famílias endividadas subiu para 61,6% em abril ante 59,6% em março, mas ficou abaixo de abril de 2014 (62,3%). A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou para 19,7% ante 17,9% em março, porém abaixo de abril do ano passado (21,0%). Já o porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso aumentou na comparação mensal (6,9% em abril ante 6,2% em março), mesmo nível de abril de 2014.
O último indicador mede a percepção, segundo Marianne, porque a Peic não confere objetivamente a capacidade do entrevistado de pagar a dívida. O próprio informante diz se tem condições de pagar, ou seja, um consumidor de alta renda e com condições de pagar suas dívidas pode achar o contrário.
Pela metodologia da pesquisa da CNC, são consideradas como dívidas cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros. Quem usa cartão de crédito é considerado endividado mesmo pagando a fatura em dia. A Peic coleta dados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, ouvindo cerca de 18 mil consumidores.