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Compra do BMC dobra carteira de consignado do Bradesco

Instituição passa a contabilizar 2,8 bilhões de reais em empréstimos próprios com desconto em folha de pagamento

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h33.

A compra do banco cearense BMC, anunciada nesta quarta-feira (24/1), vai ampliar em 1,5 bilhão de reais o montante de crédito consignado do Bradesco, mais que dobrando sua carteira própria neste segmento.

Até hoje, a instituição contabilizava 1,3 bilhão de reais em créditos próprios com desconto direto em folha de pagamento, montante que saltará para quase 3 bilhões após incorporação da carteira do BMC. Com o negócio, a carteira total de crédito consignado do Bradesco, incluindo contratos de outros bancos, sobe para 4 bilhões de reais.

A maior parte desses recursos, segundo a instituição, foi tomada por aposentados e pensionistas do INSS. "Ainda há um grande potencial a ser explorado no que diz respeito a crédito consignado para beneficiários do INSS. E nós vamos investir nisso", afirma o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano.

De acordo com o executivo, dos 25 milhões de aposentados e pensionistas do INSS, apenas 5 milhões solicitaram o crédito. Na média, cada beneficiário fecha dois contratos, multiplicando por dois o potencial do mercado. "O crédito consignado deve apresentar crescimento médio de 20% ao ano", diz Cypriano.

O presidente do Bradesco, no entanto, não revela se o banco reduzirá suas taxas para conquista desses clientes. É certo, porém, que a marca BMC será mantida, assim como a estrutura de 7000 agentes e 750 correspondentes bancários. "Custa caro e não é rápida a criação de uma estrutura como essa. Vamos aproveitá-la para pular etapas na oferta do crédito", afirma Cypriano.

Ações

A notícia da compra do BMC refletiu positivamente nos papéis do Bradesco. As ações ordinárias subiram 1,28% na Bovespa hoje, enquanto as preferenciais tiveram alta de 1,12%. Apesar da valorização, os analistas afirmam que a aquisição não trará grande impacto para os papéis.

"O negócio deve influenciar pouco a percepção dos investidores quanto à atratividade das ações. No longo prazo, demonstra foco estratégico por parte da instituição, mas no curto prazo, não muda nada", afirma o gerente de análise da Modal Asset Management, Eduardo Roche.

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