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Como não errar na hora de contratar um seguro

Especialistas dão dicas sobre como contratar um seguro para evitar dores de cabeça na hora de acionar a apólice

Antes de contratar um seguro, fique atento aos termos da apólice (.)

Gabriela Ruic

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

São Paulo -  Contratar um seguro sem atentar para os pontos de cobertura da apólice pode render ao consumidor fortes dores de cabeça quando for preciso acioná-lo. O maior perigo é que os riscos que precisam ser cobertos fiquem de fora da apólice. Nesse caso, o dinheiro gasto com o seguro será inútil e poderá fazer falta. Abaixo, especialistas dizem quais pontos devem ser observados com cautela:

Seguro de Automóveis

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Na hora de contratar um seguro para o seu carro, o corretor Carlos Lucena, dono da Lucena Seguros, considera crucial que o indivíduo atente para as informações relativas ao seu perfil. "Se houver qualquer equívoco no perfil do segurado, a seguradora pode não cobrir o sinistro", diz. Outra dica do corretor é que o consumidor observe os valores da franquia que deve ser paga ao acionar o seguro em caso de acidente.

"Para carros populares, as franquias estão em cerca de 1.700 reais, enquanto que, o seguro em si, pode valer 1.000 reais", explica Lucena. Ainda segundo ele, se o consumidor optar por uma franquia reduzida em 50%, ele irá pagar entre 10% e 15% a mais para a seguradora.

E para aqueles que compram automóveis com parcelas a perder de vista, a recomendação do corretor é que a cobertura seja feita num valor mais alto que o valor do automóvel pela tabela Fipe. "Caso contrário, se a pessoa comprou um carro em 60 vezes e precisar acionar o seguro numa situação de perda total, ele será indenizado com o valor integral do veículo pela tabela Fipe, mas continuará com saldo devedor devido aos juros embutidos no empréstimo."

O mesmo vale na hora de contratar seguro para terceiros. Ou seja, se um segurado se envolve num acidente com um carro que vale 70.000 reais e a apólice prevê a cobertura de apenas 30.000 reais, por exemplo, os outros 40.000 vão sair do bolso do indivíduo. E para garantir que todas as despesas sejam devidamente garantidas pelo seguro, a dica de Lucena é que o consumidor contrate uma apólice para terceiros com valores mais altos. "Se você aumenta essa cobertura para 70.00 reais, o valor anual do seguro irá aumentar em cerca de 80 reais", conclui.

Seguro Residencial

Seguros para residências tendem a ter baixos índices de sinistralidade, mas é muito importante que o consumidor fique atento aos termos do contrato para saber que tipo de assistência está contratada ou não. "O seguro residencial ainda não tem grande procura, mas isso vem aumentando à medida que desastres naturais têm se tornado mais freqüentes", explica Carlos Lucena, dono da Lucena Seguros.

Ele considera importante avaliar quais eventualidades causadas por intempéries climáticas são passíveis de cobertura da apólice em questão. Quem mora em apartamento e não tem carro, por exemplo, não precisa fazer segundo contra enchente, por exemplo. Já coberturas contra incêndio ou vendavais são consideradas básicas e sempre devem estar previstas nos contratos.

Já a cobertura contra roubo de bens é um ponto que Lucena considera importante no contrato de um seguro de residência "apesar de encarecer o preço final da apólice". No cálculo do valor de um seguro residencial que garanta essa cobertura, estima-se que os bens do imóvel valham cerca de 5% de seu valor integral. "Uma casa de 1 milhão de reais, portanto, pode ter o equivalente a 5% do valor do imóvel em bens", explica Lucena. Na ponta do lápis, isso pode encarecer a apólice em cerca de 335 reais por ano.

 <hr>                                  <p class="pagina"><strong>Seguro de Vida </strong><br><br>Garantia financeira para aqueles que dependem de uma pessoa, o seguro de vida pode contar com diversas configurações e modalidades (<a href="http://portalexame.com//financas/seguros/guias/seguro-vida-renda-complementar-previdencia-599026.html">Veja aqui como funciona e se vale a pena contratar um seguro de vida</a>). Algumas dicas, no entanto, são imprescindíveis na hora de fechar um contrato com uma seguradora. <br><br>De acordo com Alessandra Melo, técnica em seguros da corretora Nova Feabri, um dos erros mais comuns cometidos por pessoas na hora de assinar um contrato de seguro de vida é checar se a cobertura prevê morte acidental, natural ou ambas. "Alguns contratos asseguram a cobertura em morte acidental, mas não natural, e vice-versa", diz ela.<br><br>É imprescindível prestar atenção nos termos da cobertura e alertar familiares e beneficiários dos pontos passíveis de cobertura da apólice do seguro de vida. "Tem gente que não informa os parentes que o seguro cobre serviços funerários. Na ocasião de uma eventualidade, a família, sem saber, pode ter um sério gasto que poderia ter sido coberto pela apólice."<br><br><strong>Planos de Saúde </strong><br><br>No caso dos planos de saúde, é possível fazer boas escolhas na hora de assinar o contrato com um plano de saúde e economizar um bom dinheiro com isso (<a href="http://portalexame.com/financas/seguros/guias/cinco-dicas-escolher-bom-plano-saude-599178.html">Aprenda 5 dicas para economizar e escolher um plano de saúde</a>). Nunca é demais alertar, no entanto, para outros pontos importantes que podem poupá-lo de dores de cabeça. Um deles, aponta Alessandra, é checar antes com o seu médico de qual rede credenciada ele faz parte. "A partir daí, você pode buscar, entre os planos atendidos, quais estão dentro da sua condição financeira."<br><br>A carência do plano é um dos termos contratuais que mais podem trazer problemas caso não fique claro para o consumidor quais os prazos previstos para que alguns tratamentos estejam cobertos. "De acordo com a ANS [Agência Nacional de Saúde Complementar], todos os planos devem cumprir, no máximo, seis meses de carência. No caso de doenças pré-existentes, esse período sobe para dois anos", explica Alessandra. <br><br>Prestar atenção ao período de carência também é dica importante para gestantes - ainda mais as de primeira viagem. De acordo com Alessandra, a carência para as gestantes é de dez meses. Portanto, se o plano foi contratado dentro dessa janela, a mulher até poderá fazer uso ara alguns exames e atendimentos médicos. Já na hora mais importante, a do parto, ela terá de arcar com as despesas de uma maternidade particular ou utilizar os serviços da rede pública de saúde. </p> 
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