Como investir em renda fixa para uma viagem daqui a 2 anos?
Internauta já investe na poupança e em um plano de previdência, mas questiona se outras aplicações, como LCIs e LCAs, são mais recomendadas para o seu objetivo
Da Redação
Publicado em 8 de julho de 2013 às 06h00.
Dúvida do internauta: Tenho 24 anos, sou estudante de engenharia e no momento sou estagiária. Guardo cerca de mil reais todo mês. Atualmente tenho 40 mil reais na antiga cardeneta de poupança, 7 mil reais em um planoVGBLcom tabela regressiva (cuja taxa de carregamento é de 3,5%), continuo contribuindo com o valor mínimo para o INSS e tenho disponível para aplicação cerca de 25 mil reais que recebi ao sair da antiga empresa. Tenho planos de morar em outro país quando eu me formar (em dois anos) e gostaria de saber qual é o melhorinvestimentovisando o curto prazo. Gostaria também de saber o que eu faço com o meu plano de previdência privada. Vale a pena fazer uma portabilidade ou resgatar todo o valor e aplicá-lo em outro investimento junto com os R$ 25.000,00 como LCA ouLCI?
Resposta de Paulo Bittencourt*:
O valor aplicado na antiga poupança pode ser considerado sua reserva de emergência (veja vídeo abaixo) ou oportunidade de curto prazo. Mas, mesmo sendo um investimento isento de tributação, ele não é adequado para o médio e para o longo prazo uma vez que existem outras modalidades de investimento com rentabilidades melhores para este volume de patrimônio investido.
O VGBL que você mencionou possui uma taxa de carregamento alta, que compromete boa parte do rendimento efetivo do investimento. Valeria mais a pena resgatar o valor investido e aplicá-lo em Letras de Crédito Imobiliário ou Letras de Crédito do Agronegócio, que são títulos semelhantes aos CDBs, emitidos e garantidos pelos bancos para financiar negócios imobiliários e agronegócios.
Além das LCIs e LCAs serem isentas de imposto de renda - diferentemente de CDBs e dos títulos do Tesouro Nacional - essas aplicações vão seguir a flutuação da taxa de juros básica (Selic), que está em processo de alta.
Como você pretende utilizar os recursos para deixar o país daqui a dois anos seria preferível deixar os investimentos em modalidades de ativos mais fáceis de resgatar e levar o dinheiro com você. Principalmente quando temos um cenário de desvalorização do real frente a outras moedas nos próximos anos.
Com os 25 mil reais disponíveis, você pode diversificar investindo metade em um fundo renda fixa com crédito privado e a outra metade em um fundo de inflação (dê preferência para fundos ativos e com papéis de curto prazo, pois eles têm menor volatilidade).
E os mil reais acumulados mensalmente podem ser direcionados para a complementação das aplicações iniciais nos fundos de crédito e de inflação.
Veja quanto e onde aplicar para formar uma reserva de emergência:
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*Paulo Bittencourt é diretor da Apogeo Investimentos, empresa de investimentos voltada para pessoas físicas do grupo Vinci Partners, e tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro.
Perguntas, críticas e observações em relação a esta resposta? Deixe um comentário abaixo!
Envie suas dúvidas sobre planejamento financeiro, crédito e investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.
Dúvida do internauta: Tenho 24 anos, sou estudante de engenharia e no momento sou estagiária. Guardo cerca de mil reais todo mês. Atualmente tenho 40 mil reais na antiga cardeneta de poupança, 7 mil reais em um planoVGBLcom tabela regressiva (cuja taxa de carregamento é de 3,5%), continuo contribuindo com o valor mínimo para o INSS e tenho disponível para aplicação cerca de 25 mil reais que recebi ao sair da antiga empresa. Tenho planos de morar em outro país quando eu me formar (em dois anos) e gostaria de saber qual é o melhorinvestimentovisando o curto prazo. Gostaria também de saber o que eu faço com o meu plano de previdência privada. Vale a pena fazer uma portabilidade ou resgatar todo o valor e aplicá-lo em outro investimento junto com os R$ 25.000,00 como LCA ouLCI?
Resposta de Paulo Bittencourt*:
O valor aplicado na antiga poupança pode ser considerado sua reserva de emergência (veja vídeo abaixo) ou oportunidade de curto prazo. Mas, mesmo sendo um investimento isento de tributação, ele não é adequado para o médio e para o longo prazo uma vez que existem outras modalidades de investimento com rentabilidades melhores para este volume de patrimônio investido.
O VGBL que você mencionou possui uma taxa de carregamento alta, que compromete boa parte do rendimento efetivo do investimento. Valeria mais a pena resgatar o valor investido e aplicá-lo em Letras de Crédito Imobiliário ou Letras de Crédito do Agronegócio, que são títulos semelhantes aos CDBs, emitidos e garantidos pelos bancos para financiar negócios imobiliários e agronegócios.
Além das LCIs e LCAs serem isentas de imposto de renda - diferentemente de CDBs e dos títulos do Tesouro Nacional - essas aplicações vão seguir a flutuação da taxa de juros básica (Selic), que está em processo de alta.
Como você pretende utilizar os recursos para deixar o país daqui a dois anos seria preferível deixar os investimentos em modalidades de ativos mais fáceis de resgatar e levar o dinheiro com você. Principalmente quando temos um cenário de desvalorização do real frente a outras moedas nos próximos anos.
Com os 25 mil reais disponíveis, você pode diversificar investindo metade em um fundo renda fixa com crédito privado e a outra metade em um fundo de inflação (dê preferência para fundos ativos e com papéis de curto prazo, pois eles têm menor volatilidade).
E os mil reais acumulados mensalmente podem ser direcionados para a complementação das aplicações iniciais nos fundos de crédito e de inflação.
Veja quanto e onde aplicar para formar uma reserva de emergência:
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*Paulo Bittencourt é diretor da Apogeo Investimentos, empresa de investimentos voltada para pessoas físicas do grupo Vinci Partners, e tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro.
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