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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.
Maior instituição financeira do mundo, o americano Citigroup planeja um agressivo programa de aquisições de bancos em mercados emergentes da Ásia, América Latina e Leste Europeu. A informação é do jornal britânico Financial Times, que entrevistou Chuck Prince, presidente executivo do Citigroup. O banco só espera que a proibição de grandes operações, imposta em março pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano, seja revogada no final deste ano.
Prince revelou ao Financial Times que pretende fazer "muito mais" aqusições como a do coreano KorAm Bank, em 2004, no valor de 2,7 bilhões de dólares. "Eu esperaria muito mais transações como aquela, em que nós saltamos de uma participação de mercado de 2% para 10%."
Segundo Prince, depois de aprimorar a "cultura ética" da companhia -- uma resposta à preocupação do Fed com a prevenção de irregularidades --, sua prioridade máxima nos próximos dez anos é ampliar a liderança do Citigroup nos mercados internacionais.
Prince reconheceu que o grupo padece de uma relativa falta de experiência internacional entre seus altos executivos e mesmo no conselho de administração. A indicação do presidente executivo da Siemens, Klaus Kleinfeld, para o conselho seria parte de uma reação a esse problema.
O rival do Citigroup nos Estados Unidos, o Bank of America (BofA), anunciou há dois meses a compra por 3 bilhões de dólares de 9% de participação acionária no China Construction Bank. Segundo o CEO, Ken Lewis, o BofA pretende fazer um "investimento estratégico" similar em outro país.