Novo serviço do BC facilitará a vida de quem sujou o nome
A partir do ano que vem, Banco Central deve permitir o acesso dos cidadãos a todas as suas dívidas bancárias pela internet
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 14h08.
São Paulo – A partir de 2014, o mapeamento das dívidas com bancos pelo próprio mutuário promete ficar mais fácil e centralizado. O Banco Central está preparando um sistema que permitirá ao próprio cidadão acessar suas informações de crédito pelo site do Banco Central, o que hoje só é possível fazer após enfrentar um enorme processo burocrático pessoalmente ou por carta. Isso vai facilitar a vida de quem tem muitos empréstimos e financiamentos e precisa renegociá-los para reorganizar a vida financeira, como aquelas pessoas que estão com o nome sujo .
A informação já havia sido antecipada à imprensa durante o último Forum de Inclusão Financeira do BC. Em entrevista a EXAME.com, o chefe do Departamento de Atendimento Institucional do Banco Central Fernando Dutra explicou que qualquer cidadão poderá ter acesso aos seus dados no Sistema de Informações de Crédito (SCR) do BC, que engloba todas as dívidas com bancos em valores superiores a mil reais, em atraso ou em dia, conforme o que é informado pelas próprias instituições financeiras.
Dessa forma, os mutuários que tiverem muitas dívidas, espalhadas por diferentes bancos, não precisarão mais verificar diferentes cadastros de inadimplentes para ver suas dívidas em atraso, por exemplo. Mesmo que o faça, ele pode não conseguir localizar alguma delas, caso o credor ainda não tenha negativado seu CPF. Pelo sistema do Banco Central, o cidadão poderá ver todas os empréstimos e financiamentos feitos com bancos – os atrasadas, os que estão em dia, os que motivaram negativação de CPF e aquelas que ainda não.
Segundo Dutra, a previsão é que o acesso online seja possível até meados do ano que vem. Ele explica que o maior entrave é o desenvolvimento de um sistema que permita a identificação do cidadão pela internet, de forma a provar que a pessoa acessando o sistema é quem ela declara ser. Hoje a certificação digital é a única forma de fazer isso, mas este ainda não é um meio popular de identificação no Brasil.
Em função disso, o Banco Central está desenvolvendo um sistema mais simples, mas ainda assim seguro, de identificação dos cidadãos online. “Queremos disponibilizar o serviço para um universo grande de pessoas. E a certificação digital ainda não está difundida o suficiente”, diz Dutra.
As informações que compõem o SCR são repassadas ao Banco Central pelos próprios bancos, e são todas sigilosas. Qualquer cidadão já pode acessar os dados a seu respeito, mas para isso é preciso ou comparecer a uma das unidades de atendimento presencial do Banco Central nas dez cidades onde a instituição está presente, ou fazer a solicitação por carta, mediante apresentação de documentação específica.
Além do SCR, que é o serviço que os cidadãos mais acessam, o Banco Central também quer permitir acesso online ao Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS), onde as pessoas podem ver todo o seu histórico de relacionamento com os bancos, conforme informações fornecidas ao BC pelas próprias instituições financeiras. O sistema mostra, por exemplo, os depósitos à vista e a prazo que determinado cliente tem com determinado banco, sem, no entanto, discriminar valores.
“O volume de pedido de informações no Banco Central é significativo. No ano passado, as solicitações totalizaram 41 mil pedidos, dos quais 35 mil foram pedidos de acesso ao CCS e ao SCR. Só neste ano, o volume de pedidos já chegou a 42 mil até agora”, diz Fernando Dutra. Ele diz que, após entrar em vigor, será possível expandir o acesso online para outros bancos de dados de interesse do cidadão, como o Cadastro de Cheques sem Fundo (CCF).
Vídeo: Quanto tempo demora para limpar meu nome?
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São Paulo – A partir de 2014, o mapeamento das dívidas com bancos pelo próprio mutuário promete ficar mais fácil e centralizado. O Banco Central está preparando um sistema que permitirá ao próprio cidadão acessar suas informações de crédito pelo site do Banco Central, o que hoje só é possível fazer após enfrentar um enorme processo burocrático pessoalmente ou por carta. Isso vai facilitar a vida de quem tem muitos empréstimos e financiamentos e precisa renegociá-los para reorganizar a vida financeira, como aquelas pessoas que estão com o nome sujo .
A informação já havia sido antecipada à imprensa durante o último Forum de Inclusão Financeira do BC. Em entrevista a EXAME.com, o chefe do Departamento de Atendimento Institucional do Banco Central Fernando Dutra explicou que qualquer cidadão poderá ter acesso aos seus dados no Sistema de Informações de Crédito (SCR) do BC, que engloba todas as dívidas com bancos em valores superiores a mil reais, em atraso ou em dia, conforme o que é informado pelas próprias instituições financeiras.
Dessa forma, os mutuários que tiverem muitas dívidas, espalhadas por diferentes bancos, não precisarão mais verificar diferentes cadastros de inadimplentes para ver suas dívidas em atraso, por exemplo. Mesmo que o faça, ele pode não conseguir localizar alguma delas, caso o credor ainda não tenha negativado seu CPF. Pelo sistema do Banco Central, o cidadão poderá ver todas os empréstimos e financiamentos feitos com bancos – os atrasadas, os que estão em dia, os que motivaram negativação de CPF e aquelas que ainda não.
Segundo Dutra, a previsão é que o acesso online seja possível até meados do ano que vem. Ele explica que o maior entrave é o desenvolvimento de um sistema que permita a identificação do cidadão pela internet, de forma a provar que a pessoa acessando o sistema é quem ela declara ser. Hoje a certificação digital é a única forma de fazer isso, mas este ainda não é um meio popular de identificação no Brasil.
Em função disso, o Banco Central está desenvolvendo um sistema mais simples, mas ainda assim seguro, de identificação dos cidadãos online. “Queremos disponibilizar o serviço para um universo grande de pessoas. E a certificação digital ainda não está difundida o suficiente”, diz Dutra.
As informações que compõem o SCR são repassadas ao Banco Central pelos próprios bancos, e são todas sigilosas. Qualquer cidadão já pode acessar os dados a seu respeito, mas para isso é preciso ou comparecer a uma das unidades de atendimento presencial do Banco Central nas dez cidades onde a instituição está presente, ou fazer a solicitação por carta, mediante apresentação de documentação específica.
Além do SCR, que é o serviço que os cidadãos mais acessam, o Banco Central também quer permitir acesso online ao Cadastro de Clientes do Sistema Financeiro Nacional (CCS), onde as pessoas podem ver todo o seu histórico de relacionamento com os bancos, conforme informações fornecidas ao BC pelas próprias instituições financeiras. O sistema mostra, por exemplo, os depósitos à vista e a prazo que determinado cliente tem com determinado banco, sem, no entanto, discriminar valores.
“O volume de pedido de informações no Banco Central é significativo. No ano passado, as solicitações totalizaram 41 mil pedidos, dos quais 35 mil foram pedidos de acesso ao CCS e ao SCR. Só neste ano, o volume de pedidos já chegou a 42 mil até agora”, diz Fernando Dutra. Ele diz que, após entrar em vigor, será possível expandir o acesso online para outros bancos de dados de interesse do cidadão, como o Cadastro de Cheques sem Fundo (CCF).
Vídeo: Quanto tempo demora para limpar meu nome?
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