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Caixa volta a oferecer financiamento de imóveis mais barato

Após o anúncio de novo aporte de recursos do FGTS, linha de financiamento de imóveis subsidiada Pró-Cotista FGTS voltou a ser oferecida pelo banco esta semana

Agência da Caixa: linha Pró-Cotista FGTS voltou a ser oferecida pelo banco esta semana (Tânia Rêgo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2016 às 12h14.

São Paulo - A Caixa Econômica Federal voltou a oferecer a partir desta semana a opção de financiamento de imóveis de até 400 mil reais pela linha Pró-Cotista FGTS, crédito que só não é mais barato do que o oferecido pelo banco para quem estiver enquadrado no programa Minha Casa Minha Vida.

A Pró-Cotista voltou a ser operada pelo banco logo após o anúncio de que o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) faria um aporte de 8,2 bilhões de reais para a linha de financiamento imobiliário este ano. A medida foi anunciada no dia 26 de fevereiro.

No anúncio, o governo apontou que 60% do valor dos recursos liberados, no mínimo, deve ser destinado ao financiamento de imóveis novos.

Do total de recursos liberados, 4 bilhões de reais devem ser destinados ao financiamento de imóveis cujo valor não ultrapasse os limites estabelecidos para a habitação popular (até 190 mil reais); até 3,5 bilhões de reais utilizados no financiamento de imóveis cujo valor de venda não ultrapasse 500 mil reais; e até 700 milhões de reais para o financiamento de casas e apartamentos cujo valor se enquadre nos limites do SFH (até 750 mil reais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e no Distrito Federal, e de até 650 mil reais nos outros estados).

Segundo a Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), a Caixa havia suspendido os financiamentos da linha desde o final de janeiro por falta de recursos.

A ABMH recebeu reclamações de mutuários que tiveram o financiamento pela Pró-Cotista aprovado pela Caixa, mas não foram chamados para assinar o contrato. Segundo a Caixa, mutuários que já tiveram o crédito aprovado na linha terão prioridade na contratação do crédito agora.

A Pró-Cotista é uma oportunidade para famílias de classe média que não se enquadram nos limites de financiamento da habitação popular adquirirem imóveis novos e usados em um momento no qual o crédito está mais caro e escasso.

No ano passado, o orçamento da Pró-Cotista atingiu 6 bilhões de reais. Este ano, os recursos para a linha devem chegar a 9,5 bilhões de reais. O aumento dos valores se deve à análise de que a procura poderia ser maior do que o valor do orçamento, de acordo com o secretário-executivo do Conselho Curador do FGTS, Quênio Cerqueira, durante o anúncio do novo aporte.

Condições

A linha Pró-Cotista FGTS cobra taxas de juros menores por conta de um subsídio oferecido aos trabalhadores que têm recursos aplicados no FGTS, que geralmente são empregados formais, com carteira assinada e que realizam obrigatoriamente contribuições mensais ao fundo, equivalentes a 8% do valor do salário.

Também realizam contribuições ao FGTS os trabalhadores rurais, temporários e atletas profissionais. Para empregados domésticos, a contribuição ao FGTS é opcional.

A linha que utiliza recursos do FGTS é oferecida apenas pelo Banco do Brasil e pela Caixa. A taxa de juros aplicada a tomadores que não têm relacionamento com o banco, a chamada taxa balcão, é de 8,85% ao ano na Caixa e de 9% ao ano no Banco do Brasil. Caso o comprador tenha relacionamento com a Caixa, os juros cobrados na Pró-Cotista podem ser ainda menores e chegar a 7,85% ao ano.

Em outros tipos de financiamentos, a taxa cobrada para quem não tem relacionamento com o banco sobe para 9,90% ao ano na Caixa e 11,29% ao ano no BB. Ambos os bancos reajustaram as taxas de juros de financiamentos ao longo do ano passado, enquanto os juros cobrados na Pró-Cotista permaneceram inalterados.

Além de cobrar taxas de juros mais acessíveis do que as praticadas em outros financiamentos, a linha permite financiar até 90% do valor do imóvel no Banco do Brasil e até 80% na Caixa , seja ele novo ou usado.

No ano passado, a Caixa passou a emprestar no máximo 50% do valor da unidade para aquisição de imóveis usados que estejam enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH ). Ou seja, além do programa Minha Casa Minha Vida, a linha Pró-Cotista é a única alternativa para quem pretende comprar imóveis usados na Caixa, mas não tem capacidade de pagar o equivalente a 50% do valor do imóvel como entrada.

O prazo máximo de financiamento oferecido na Pró-Cotista em ambos os bancos públicos é de até 360 meses.

Requisitos

Para ter acesso à Pró-Cotista FGTS, é necessário ter contribuído ao FGTS por mais de três anos, consecutivos ou não, na mesma empresa ou em empresas diferentes.

Caso o tomador se enquadre nessa exigência, a conta vinculada ao fundo deve estar ativa, ou seja, o trabalhador deve estar empregado e realizar atualmente contribuições mensais ao FGTS.

A linha só é concedida para tomadores com contas inativas - que estejam desempregados ou que não estão contribuindo ao FGTS por estar trabalhando sob outro regime de trabalho, por exemplo - caso o saldo do FGTS seja equivalente a pelo menos 10% do valor do imóvel.

Não há restrição com relação à renda familiar dos compradores, desde que o imóvel financiado não tenha valor maior do que 400 mil reais.

Contudo, o comprador não pode ter outro financiamento imobiliário e nem a posse de outro imóvel residencial urbano, concluído ou em construção, na mesma cidade, em municípios limítrofes ou na região metropolitana da cidade onde vive. Preenchidos os requisitos, o uso do saldo do FGTS no financiamento é opcional.

Oportunidade

Para quem se enquadra nas condições da linha Pró-Cotista, Marcelo Prata, diretor do Canal do Crédito, recomenda aproveitar a oportunidade. “É o dinheiro mais barato que esse comprador consegue atualmente.”

Como as restrições de crédito em outras linhas reduzem a demanda por casas e apartamentos, o momento pode ser favorável para a compra do imóvel, pois amplia a possibilidade de negociação de descontos nos preços das unidades, diz Prata.

Por outro lado, financiar o imóvel agora não é indicado caso o comprador esteja inseguro em relação à manutenção do seu emprego nos próximos meses.

Nesse caso, quem não tem reservas financeiras para suportar o pagamento das prestações da dívida diante de um eventual desemprego, pode ser melhor adiar a compra e juntar um valor maior para dar como entrada e reduzir o débito.

São Paulo - Para financiar um imóvel de 70 metros quadrados no Rio de Janeiro , é preciso ter uma renda familiar equivalente a 23.749 reais, em média. O valor é quase três vezes superior ao necessário para adquirir uma unidade do mesmo tamanho em Contagem, no interior de Minas Gerais, onde é possível obter crédito para a compra do imóvel ao comprovar uma renda familiar de 8.123 reais, em média. É o que aponta levantamento feito pelo Canal do Crédito a pedido de EXAME.com.  A pesquisa do site que compara custos de financiamentos utiliza como base os preços do metro quadrado divulgados pelo índice FipeZap de dezembro, registrados em cada uma das 20 cidades incluídas no índice: Belo Horizonte, Brasília , Campinas, Contagem, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Paulo , Vila Velha e Vitória.  A partir do preço médio do imóvel em cada cidade, o Canal do Crédito simulou qual seria o custo do financiamento de casas e apartamentos nos bancos Santander , Bradesco, Itaú e Banco do Brasil ,dentro das condições praticadas atualmente pelas quatro instituições financeiras.O levantamento considerou um perfil de comprador de 40 anos e um financiamento de 80% do valor de um imóvel, usado, em um prazo de 30 anos. Também foram usados como parâmetros financiamentos feitos pela tabela SAC, que tem parcelas decrescentes, e foi usada uma taxa média de11,20% ao ano.  A renda familiar ou individual necessária para arcar com a prestação foi calculada a partir do valor da primeira parcela, considerando que ela não supere 30% da renda, limite fixado pelos bancos para concesssão do crédito. A pesquisa considerou a renda familiar bruta porque esse é o parâmetro utilizado pela maioria dos bancos para liberação do financiamento. Uma família composta por duas pessoas, por exemplo, que ganhe 5 mil reais por mês cada, tem uma renda familiar de 10 mil reais caso ambas participem do financiamento. A Caixa não foi incluída na pesquisa porque o banco atualmente não concede créditos superiores a 50% do valor do imóvel, no caso de financiamentos de imóveis usados. Veja nas fotos a seguir os resultados do levantamento feito pelo Canal do Crédito:
  • 2. Rio de Janeiro (RJ)

    2 /22(Marcin Leszczuk/Thinkstock)

  • Veja também

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 23.749
    Valor da primeira parcelaR$ 7.125
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 584.528
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 146.132
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 730.660
    Preço médio do metro quadradoR$ 10.438
  • 3. São Paulo (SP)

    3 /22(AlbertoChagas/Thinkstock)

  • Renda necessária (familiar ou individual)R$ 19.624
    Valor da primeira parcelaR$ 5.887
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 482.664
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 120.666
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 603.330
    Preço médio do metro quadradoR$ 8.619
  • 4. Brasília (DF)

    4 /22(Portal da Copa/Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 18.058
    Valor da primeira parcelaR$ 5.417
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 443.968
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 110.992
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 554.960
    Preço médio do metro quadradoR$ 7.928
  • 5. Niterói (RJ)

    5 /22(Wikimedia Commons/Phx)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 17.380
    Valor da primeira parcelaR$ 5.214
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 427.224
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 106.806
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 534.030
    Preço médio do metro quadradoR$ 7.629
  • 6. Florianópolis (SC)

    6 /22(Divulgação/Embratur)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 14.317
    Valor da primeira parcelaR$ 4.295
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 351.568
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 87.892
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 439.460
    Preço médio do metro quadradoR$ 6.278
  • 7. Recife (PE)

    7 /22(Luis Morais/ VOCÊ S/A)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 13.693
    Valor da primeira parcelaR$ 4.108
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 336.168
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 84.042
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 420.210
    Preço médio do metro quadradoR$ 6.003
  • 8. Belo Horizonte (MG)

    8 /22(Vander Bras/ Divulgação/ Prefeitura municipal de Belo Horizonte)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 13.317
    Valor da primeira parcelaR$ 3.995
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 326.872
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 81.718
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 408.590
    Preço médio do metro quadradoR$ 5.837
  • 9. São Caetano do Sul (SP)

    9 /22(Divulgação/Prefeitura de São Caetano do Sul)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$13.303
    Valor da primeira parcelaR$ 3.991
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 326.536
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 81.634
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 408.170
    Preço médio do metro quadradoR$ 5.831
  • 10. Fortaleza (CE)

    10 /22(Divulgação/Embratur)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 13.274
    Valor da primeira parcelaR$ 3.982
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 325.808
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 81.452
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 407.260
    Preço médio do metro quadradoR$ 5.818
  • 11. Vitória (ES)

    11 /22(Erick Coser/Wikimedia Commons)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 12.446
    Valor da primeira parcelaR$ 3.734
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 305.368
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 76.342
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 381.710
    Preço médio do metro quadradoR$ 5.453
  • 12. Porto Alegre (RS)

    12 /22(Ricardo Stricher/Arquivo PMPA)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 12.435
    Valor da primeira parcelaR$ 3.731
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 305.088
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 76.272
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 381.360
    Preço médio do metro quadradoR$ 5.448
  • 13. Campinas (SP)

    13 /22(Wikimedia Commons)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 12.154
    Valor da primeira parcelaR$ 3.646
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 298.144
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 74.536
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 372.680
    Preço médio do metro quadradoR$ 5.324
  • 14. Curitiba (PR)

    14 /22(Francisco Anzola/Wikimedia Commons)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 11.841
    Valor da primeira parcelaR$ 3.552
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 290.416
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 72.604
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 363.020
    Preço médio do metro quadradoR$ 5.186
  • 15. Santo André (SP)

    15 /22(Wikimedia Commons/rvcroffi)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 11.662
    Valor da primeira parcelaR$ 3.499
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 285.992
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 71.498
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 357.490
    Preço médio do metro quadradoR$ 5.107
  • 16. Santos (SP)

    16 /22(Wikimedia Commons)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 11.388
    Valor da primeira parcelaR$ 3.416
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 279.216
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 69.804
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 349.020
    Preço médio do metro quadradoR$ 4.986
  • 17. São Bernardo do Campo (SP)

    17 /22(Raquel Toth / PMSBC)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 10.862
    Valor da primeira parcelaR$ 3.259
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 266.224
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 66.556
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 332.780
    Preço médio do metro quadradoR$ 4.754
  • 18. Salvador (BA)

    18 /22(Tereza Torres/Setur)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 10.664
    Valor da primeira parcelaR$ 3.199
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 261.352
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 65.338
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 326.690
    Preço médio do metro quadradoR$ 4.667
  • 19. Vila Velha (ES)

    19 /22(VALTER MONTEIRO/VEJA)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 9.991
    Valor da primeira parcelaR$ 2.997
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 244.720
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 61.180
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 305.900
    Preço médio do metro quadradoR$ 4.370
  • 20. Goiânia (GO)

    20 /22(Wikimedia Commons)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 9.644
    Valor da primeira parcelaR$ 2.893
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 236.152
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 59.038
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 295.190
    Preço médio do metro quadradoR$ 4.217
  • 21. Contagem (MG)

    21 /22(Divulgação/Prefeitura de Contagem)

    Renda necessária (familiar ou individual)R$ 8.123
    Valor da primeira parcelaR$ 2.437
    Valor financiado (80% do imóvel)R$ 198.576
    Valor de entrada (20% do imóvel)R$ 49.644
    Valor do imóvel de 70m² na cidadeR$ 248.220
    Preço médio do metro quadradoR$ 3.546
  • 22. Agora veja os imóveis que são vendidos por R$ 300 mil pelo Brasil

    22 /22(Isakovich Alina/Thinkstock)

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