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Caixa quer renegociar dívidas de clientes com descontos de até 90%

A expectativa da instituição é recuperar de 3 milhões de clientes pelo menos R$ 1 bilhão que já estavam fora do balanço

Dívidas dos 3 milhões de clientes são divididos entre débitos de 300 mil empresas e 2,7 milhões de pessoas físicas (Pilar Olivares/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de maio de 2019 às 18h45.

Última atualização em 21 de maio de 2019 às 19h01.

Brasília — O presidente da Caixa Econômica Federal , Pedro Guimarães, anunciou nesta terça-feira, 21, que o banco fará um grande programa de recuperação de crédito para tentar resolver dívidas de 3 milhões de clientes. A expectativa da instituição é recuperar pelo menos R$ 1 bilhão em créditos que já estavam fora do balanço, lançados como prejuízo.

"Vamos dar descontos de 40% a 90% nessas dívidas. São débitos de 300 mil empresas e 2,7 milhões de pessoas físicas. E 90% dessas dívidas são inferiores a R$ 2 mil", disse o presidente da Caixa ao chegar para reunião no Ministério da Economia.

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Crédito imobiliário

Guimarães disse que o banco irá abrir uma nova linha de crédito imobiliário que irá cobrar juros baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais uma taxa. Atualmente, as linhas de habitação do banco cobram juros com base na taxa referencial TR - atualmente zerada - mais uma taxa. Segundo ele, a nova linha terá R$ 10 bilhões podendo financiar até 46 mil imóveis.

"Essa modificação tornará mais fácil securitizar essa carteira. O mercado compra uma linha de IPCA, mas não compra uma linha de TR", explicou Guimarães.

De acordo com ele, essa nova linha terá funding com recursos da poupança e o banco fará um hedge em seu balanço para absorver eventuais flutuações do IPCA ao longo das operações que normalmente têm prazos de até 30 anos. "O potencial de 46 mil imóveis significa atender até 400 mil pessoas."

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