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Brascan reduz preço justo das ações da Oi e Telesp

Corretora diz que papéis da Oi são atraentes, mas tem indicação neutra para Telesp

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

Em relatório sobre o mercado de telefonia fixa no país divulgado nesta segunda-feira, a corretora Brascan reduziu o preço justo das ações da Oi (ex-Telemar) e da Telesp fixa (propriedade da Telefônica). Apesar da rebaixamento do preço justo, os papéis são negociados com leve alta no pregão da BMF&Bovespa - nos últimos dias as ações de energia e teles têm se dado melhor em dias de queda das commodities por serem papéis mais defensivos.

Para a Brascan, o novo preço justo para o papel preferencial da Oi (TNLP4) é de 59,88 reais por ação, contra uma estimativa anterior de 73,62 reais. Apesar da redução, a corretora afirma que o novo valor justo ainda corresponde a um potencial de alta (upside) de 94% sobre a cotação da última sexta-feira. Além disso, manteve a classificação de outperform (atraente) para as ações da empresa.

"Estimamos sinergias advindas da integração das duas companhias - a Oi acaba de concluir a compra da Brasil Telecom - a partir de 2010, especialmente com redução de custo e despesas administrativas. Nossas projeções contemplam queda nos custos da ordem de 2% em 2010, 3% em 2011 e 4% em 2012 em diante", diz a corretora no relatório.

Em relação à Telesp, a corretora rebaixou o preço justo do papel (TLPP4) para 58,10 reais por ação, contra um estimativa anterior de 64,11 reais. "Em função da alta de 2,11% nos últimos 12 meses, contra uma queda de 33,65% do Ibovespa e do upside limitado frente ao nosso preço justo, alteramos nossa recomendação de outperform (atraente) para marketperform (neutra)".

Segundo a Brascan, a Telesp tem como fatores negativos para o futuro a ausência de sinergia entre a telefonia fixa e móvel (operada pela Vivo, que possui controle dividido entre Telefônica e Portugal Telecom) e a concorrência com a NET em telefonia fixa e banda larga.

Setor

De acordo com a projeção divulgada pela Brascan, o cenário para o segmento de telefonia fixa no país segue com tendência de estabilidade para as concessionárias. O relatório aponta que o número de linhas em serviço no terceiro trimestre de 2008, contra igual período de 2007, registrou queda de 1,4% para a Telesp, 2,9% para a Oi e alta de 1,7 para a Brasil Telecom. Por sua vez, as concorrentes NET, Embratel e GVT estão conseguindo agregar maior número de assinantes com seus produtos voltados para a telefonia fixa.

Além disso, a corretora afirma que as tarifas para os serviços de telefonia fixa deverão sofrer variações reduzidas nos próximos anos em virtude de estarem atreladas aos índices de inflação, especialmente o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com as projeções da Bras can, o IPCA deve fechar este ano em alta de 4,9%, e 4,5% nos anos seguintes até 2012.

Em relação ao setor de banda larga, a Brascan alerta que o segmento pode ser influenciado negativamente pela redução na venda de computadores prevista para este ano em função da crise financeira internacional.

Segundo a corretora, a Oi possui 13,8% no total de linhas de banda larga em serviço, contra 21,5% da Brasil Telecom e 20,7% da Telesp. A Brascan usou dados da Anatel, que estima para 2012 um total de 20 milhões de conexões via banda larga fixa. Atualmente, segundo informações do setor referentes ao terceiro trimestre de 2008, o país possuía 9,6 milhões de linhas do tipo.

Para o setor de telefonia móvel, o relatório da Brascan afirma que o segmento registrou crescimento em todos os meses de 2008 na comparação com o ano anterior, mas a piora no cenário macroeconômico com a crise financeira deve refletir em uma desaceleração no cre scimento em 2009.

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