Conforme o BC, o dinheiro vivo ainda é o meio de pagamento mais utilizado pela população (iStock/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de julho de 2018 às 11h48.
Última atualização em 19 de julho de 2018 às 13h53.
Brasília - O Banco Central publicou na manhã desta quinta-feira, 19, a pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", com informações sobre conservação das cédulas, a forma de armazenamento e transporte de dinheiro, meios de pagamento e elementos de segurança das notas. Conforme o BC, o dinheiro vivo ainda é o meio de pagamento mais utilizado pela população, sendo que 96,1% responderam que, além de outros meios, também fazem pagamentos em espécie.
"Na questão, os entrevistados podiam marcar mais de uma opção - 51,5% mencionaram cartão de débito e 45,5%, cartão de crédito", informou o BC em nota. "Para compras de até dez reais, 87,9% preferem utilizar dinheiro. Esse índice diminui com pagamentos de maior valor", acrescentou a instituição.
De acordo com o BC, para desembolsos de mais de R$ 500, a maior parte dos entrevistados (42,6%) prefere o cartão de crédito. "No comércio, 75,8% dos estabelecimentos aceitam pagamentos no débito e 74,1% no crédito. Apenas 16,3% aceitam cheques", informou o BC.
No comércio, 50% do faturamento vem de pagamentos em dinheiro, sendo que na pesquisa anterior, de 2013, o porcentual era de 55%. "O cartão de débito aumentou de 14% para 20% sua fatia no fluxo de caixa dos estabelecimentos", disse o BC. "Já o uso de cheques diminuiu 2 pontos percentuais, passando para apenas 1%. As vendas feitas em cartão de crédito ficaram estáveis no período, com 25%", acrescentou a instituição.
Em relação à segurança, a pesquisa mostra que a marca-d'água nas notas é o item mais conhecido. Depois aparecem o fio de segurança e a textura da nota. "No comércio, a textura ou espessura do papel foi o item mais utilizado para reconhecimento de nota verdadeira, com 48%, seguido pela marca d'água e o fio de segurança", informou o BC. "A pesquisa mostra que 23% dos entrevistados declararam já ter recebido uma cédula falsa, o que representa uma redução de 5 pontos percentuais em relação a 2013, que registrou 28%. Daqueles que receberam notas falsas, apenas 28,3% entregaram para análise do Banco Central."
Conforme o BC, o hábito de verificar a autenticidade das notas está relacionado ao seu valor. "Apenas 8,5% declararam verificar sempre as notas de R$ 2,00. Já para as notas de R$ 100,00, o porcentual passa para 43,4%", disse o BC. Mesmo no caso das notas de maior valor, 39,2% nunca verificam as cédulas de R$ 50 e 37,7% não verificam as de R$ 100,00.