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Banco do Brasil vai reduzir juros de algumas modalidades de crédito

A queda das taxas ocorrerá, segundo presidente Paulo Caffarelli, no cheque especial e na linha de capital de giro voltada às empresas

Banco do Brasil: manutenção dos juros, conforme o presidente do banco, não ameaça a recuperação do crédito no país (Pilar Olivares/Reuters)

Banco do Brasil: manutenção dos juros, conforme o presidente do banco, não ameaça a recuperação do crédito no país (Pilar Olivares/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de maio de 2018 às 15h46.

São Paulo - O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, afirmou que, independentemente da decisão de quarta-feira, 16, do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a Selic em 6,50% ao ano, a instituição vai reduzir juros de algumas modalidades de crédito.

A queda das taxas ocorrerá, segundo ele, no cheque especial e na linha de capital de giro voltada às empresas. "Independente da mudança de ontem (por parte do Banco Central), nós estamos anunciando uma redução de juros em algumas linhas de crédito, principalmente, no cheque especial", disse Caffarelli, durante conversa com jornalistas, nesta tarde quinta-feira, 17.

Segundo o executivo, a decisão do BC não pode ser encarada como uma surpresa porque não significa que a cada Copom tem de se fazer uma redução de juros. "O Banco Central foi extremamente diligente tendo em vista o momento", acrescentou.

A manutenção dos juros, conforme o presidente do BB, não ameaça de forma alguma a recuperação do crédito no País. Ele reafirmou que há uma retomada do crescimento, mas que não ocorrerá na velocidade que o banco gostaria.

"É uma retomada do crescimento (do crédito) com base em uma crise absolutamente grande, mas não tenho dúvida de que vamos continuar nesse processo de retomada", destacou Caffarelli, explicando que, neste momento, há uma série de efeitos externos que estão afetando o País.

Sobre dados divulgados recentemente e que motivaram a revisão das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o presidente do BB disse que, se a economia não vai crescer 3% este ano, vai se expandir 2,5%. Dentro de um cenário de retomada da atividade, segundo ele, esse é um número "absolutamente forte". "E mostra uma tendência para o futuro de continuarmos com esse crescimento", acrescentou o executivo.

Caffarelli ressaltou que a demanda por crédito tem crescido no País e que mediante a retomada economia a tendência é que a procura por empréstimos fique ainda mais forte.

De acordo com ele, os números mostram que os desembolsos de crédito tanto para pessoa física quanto jurídica estão crescendo. Disse ainda que a redução de juros que os bancos têm promovido não é sinônimo de que o crédito está retomando de forma mais fraca que o esperado, mas um ajuste em relação à queda da Selic e também a volta dos bancos para o crédito.

Sobre a possibilidade de as negociações da Odebrecht com os bancos para a obtenção de um crédito novo "ter um final feliz", Caffarelli disse que não comenta casos específicos.

O presidente do BB participou nesta quinta de evento do lançamento do projeto Orquestrando o Brasil. Com investimento de R$ 1,6 milhão, o foco da iniciativa é formar novas orquestras e criar uma rede de músicos em todo o País e conta com o apoio do Banco do Brasil, a Fundação BB, em parceria com a entidade Fundação Educacional, Cultural e Artística Eleazar de Carvalho e o maestro João Carlos Martins. O projeto deve agregar, inclusive, as cerca de 5 mil agências do banco.

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