São Paulo - Assim como nos últimos quatro meses, as ações do
Itaú Unibanco (
ITUB4) lideraram as indicações de corretoras para agosto. Os papéis do banco foram sugeridos em 13 das 21 carteiras recomendadas de ações recebidas por
EXAME.com. Na segunda colocação, ficaram os papéis da
BB Seguridade (
BBSE3), que receberam 12 indicações. O terceiro lugar foi dividido:
BRF (
BRFS3),
Cielo (
CIEL3) e
Renner (
LREN3) foram citadas 9 vezes cada uma. No mês de julho, a carteira com melhor desempenho foi a da Walpires, que registrou valorização de 17,73%, uma alta maior que o resultado do Ibovespa, que avançou 11,22%. Na outra ponta, a carteira da
Gradual apresentou o pior desempenho, um avanço de 6,64%. Nenhum portfólio teve performance negativa no período. No geral, as justificativas para as recomendações do Itaú continuaram citando que ele é um dos maiores bancos do Brasil e apresenta os melhores índices de rentabilidade do setor. "Acreditamos que o setor ainda poderá sofrer, no curto prazo, com a queda da qualidade da carteira, que exigirá maiores provisões. Porém, em nossa opinião, Itaú e
Bradesco deverão sofrer menos neste segundo trimestre", disse a equipe de análise do
BB Investimentos. "Optamos pelo Itaú, pois, apesar de ainda ser o banco privado mais rentável do setor, está apresentando uma performance de quase 30% abaixo do Bradesco, em rentabilidade acumulada no ano", completou. Já a Socopa disse que enxerga o papel do Itaú "como uma combinação de múltiplos atrativos, bom management e forte capacidade de entrega de resultados". Segundo a corretora, independente de fundamentos, as ações do banco devem continuar sendo beneficiadas pelo forte ingresso de capital estrangeiro na
Bovespa.
2ª posição Para a BB Seguridade, no geral, as avaliações são de que a companhia, que é a segunda maior seguradora do Brasil, deve ter uma retomada nos resultados ao longo do ano. "As expectativas (...) são de crescimento do lucro líquido ajustado entre 8% e 12%, correspondente ao intervalo entre R$ 4,3 bilhões e R$ 4,4 bilhões. De acordo com a expectativa da BB Seguridade, o guidance deverá ser entregue", ressaltou a
Planner Corretora. A equipe de análise da Geral Investimentos apontou como ponto positivo o fato de a companhia possuir um contrato de exclusividade de 20 anos para a venda de seguros nas agências do Banco do Brasil. "A pequena penetração dos
seguros no Brasil e forte canal de distribuição do Banco oferecem uma clara oportunidade de crescimento para a companhia", afirmaram os analistas da corretora.
Perspectivas O bom desempenho da Bolsa brasileira no mês passado, segundo os bancos e corretoras, ocorreu após decisão de saída do Reino Unido da União Europeia, o que desencadeou perspectivas de estímulos monetários no mundo inteiro. Internamente, os analistas mencionaram a melhora nos índices de confiança, a manutenção da
Selic em 14,25% ao ano e o anúncio da meta fiscal de 2017 com déficit menor do que o previsto para este ano. "Seguimos com uma visão otimista para a Bolsa brasileira, mas a continuidade de um movimento de alta dependerá do sucesso de reformas estruturais no país e do processo de ajuste fiscal, além de uma flexibilização dos fatores de riscos globais", disse a corretora do Bradesco. A corretora Lerosa não descarta volatilidade no mês de agosto. Há "votações importantes no
Congresso e será importante monitorar dois aspectos: governabilidade e celeridade para as votações do ajuste fiscal proposto pela equipe econômica do governo Temer", afirmou.
Carteiras Navegue pelas fotos e compare as carteiras recomendadas por 21 corretoras para o mês de agosto. Elas estão organizadas por ordem de desempenho no mês passado —do melhor para o pior.