Mercado imobiliário

Aluguel tem a maior queda de preço em 9 anos no 1º semestre

Valor médio de locação caiu 1,78% na primeira metade de 2016 e 5,23% em um ano, segundo o Índice FipeZap

Casa na mão: Em um ano, valor de locação sofreu queda real de 12,93% (Thinkstock/Denphumi)

Casa na mão: Em um ano, valor de locação sofreu queda real de 12,93% (Thinkstock/Denphumi)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 15 de julho de 2016 às 05h00.

São Paulo - Se você é inquilino, os preços de aluguel no Brasil estão a seu favor. No primeiro semestre, a queda no valor médio de locação foi de 1,78%, a maior em 9 anos.

O dado é do Índice FipeZap de Locação, que acompanha a variação de preços de apartamentos para alugar em 11 cidades brasileiras. Essa queda de preço significa que você não deve aceitar qualquer oferta de locação e encontrará um terreno fértil para boas negociações.

No último ano (até junho), a queda foi ainda maior, de 5,23%. No mesmo período, a inflação medida pelo IPCA ficou em 8,84%. Isso significa que o índice apresentou queda real de 12,93%, ao considerar o efeito do aumento dos preços no tempo.

Vale ressaltar que essa variação real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação. De maio para junho, o recuo no valor médio do aluguel foi de 0,77%. 

Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm as maiores quedas de preço no semestre

O Rio de Janeiro teve a maior queda nominal (sem considerar a inflação) no valor médio do aluguel no 1º semestre, entre as 11 cidades pesquisadas. Os preços caíram 3,59% no período. A segunda maior queda foi em Belo Horizonte, de 3,02%.

As únicas cidades que tiveram aumento nos preços de locação no 1º semestre foram São Bernardo do Campo (1,46%), Santos (0,36%) e Recife (0,07%).

Veja na tabela a seguir a variação dos preços dos imóveis para locação nas 11 cidades acompanhadas pelo Índice FipeZap de Locação:

Cidade Variação de preço no 1º semestre Variação de preço em um ano Variação de preço em junho
Rio de Janeiro -3,59% -9,67% -1,25%
Belo Horizonte -3,02% - -0,29%
Porto Alegre -2,91% -2,89% -0,67%
Distrito Federal -1,75% -3,13% -1,65%
Salvador -1,42% -7,10% -0,59%
Campinas -1,19% -1,14% -1,31%
São Paulo -0,85% -4,64% -0,38%
Curitiba -0,10% 4,47% -1,18%
Recife 0,07% -0,46%
Santos 0,36% -0,27% -0,40%
São Bernardo do Campo 1,46% 0,40% -0,56%

Rio de Janeiro e São Paulo seguem com os aluguéis mais caros

O preço médio do metro quadrado anunciado para locação nas 11 cidades pesquisadas em junho foi de 30,45 reais por mês. Os aluguéis mais altos, em média, estão no Rio de Janeiro (36,19 reais), em São Paulo (35,29 reais) e no Distrito Federal (32,04 reais).

As cidades pesquisadas com menor valor médio do metro quadradado foram Curitiba (16,69 reais), São Bernardo do Campo (18,95 reais) e Belo Horizonte (19,93 reais).

Veja na tabela abaixo o preço médio de locação do metro quadrado anunciado em cada cidade em junho:

Cidade Preço médio (R$)
Rio de Janeiro 36,19
São Paulo 35,29
Distrito Federal 32,04
Santos 27,43
Recife 25,97
Porto Alegre 21,79
Campinas 21,69
Salvador 20,83
Belo Horizonte 19,93
São Bernardo do Campo 18,95
Curitiba 16,69

Rentabilidade média do aluguel será de 4,5% ao ano

A rentabilidade média anual que os proprietários de imóveis terão com os aluguéis a receber nos próximos 12 meses será de 4,5%. Esse retorno é calculado pelo Índice FipeZap de Locação por meio da divisão do valor do metro quadrado de locação mensal pelo valor de venda, multiplicado por 12.

Os proprietários de imóveis em Santos terão os maiores ganhos com aluguel, de 6,4%. Recife é a segunda cidade com maior rentabilidade de locação, de 5,1%. Já as piores taxas de retorno estão em Curitiba e Belo Horizonte, em que as rentabilidades do aluguel serão de 3,7% e 3,8%, respectivamente.

Veja a seguir as rentabilidades médias de locação que os proprietários de imóveis terão nos próximos 12 meses nas 11 cidades pesquisadas:

Cidade Rentabilidade
Santos 6,40%
Salvador 5,10%
Recife 5,10%
Campinas 4,80%
São Paulo 4,80%
Porto Alegre 4,60%
São Bernardo do Campo 4,60%
Distrito Federal 4,20%
Rio de Janeiro 3,90%
Belo Horizonte 3,80%
Curitiba 3,70%
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