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Ações de Sadia e Perdigão sobem com possibilidade de fusão

Empresas teriam voltado a negociar união, passados mais de dois anos desde as últimas conversas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

As ações das gigantes de alimentos Sadia e Perdigão voltaram ao centro das atenções dos investidores após a revista Veja publicar na seção Radar, de Lauro Jardim, a informação de que as companhias voltaram a negociar uma união de forças. As conversas ainda seriam embrionárias, mas a notícia foi suficiente para provocar uma disparada de 4,30% nos papéis preferenciais da Sadia (SDIA4), que às 11h42, eram cotados a 2,91 reais. As ações ordinárias (SDIA3 - com direito a voto) apresentavam valorização levemente superior - 4,33% -, negociadas a 5,06 reais. Em caso de fusão, os minoritários detentores de ações ordinárias poderiam vender seus papéis e usufruir do tag along, direto de receber, no mínimo, 80% do valor pago aos acionistas controladores.

As ações da Perdigão (PRGA3) também sobem nesta segunda-feira, cotadas a 30,40 reais, o que representa valorização de 1,98% frente ao último fechamento. O movimento é seguido pelos papéis de frigoríficos, que reagem à notícia de que o governo estaria preparando um pacote de ajuda ao setor. Às 11h45, as ações do Marfrig (MRFG3) registravam alta de 0,6%, para 6,74 reais, enquanto as do Minerva (BEEF3) tinham valorização de 1,92%, a 1,59 reais. A exceção ficava por conta das ações do JBS-Friboi (JBSS3), que caíam 1,06%, para 4,65 reais.

De acordo com o jornal Valor Econômico, o governo vai liberar financiamentos para capital de giro a pelo menos 18 frigoríficos em situação financeira delicada. Por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Brasil, seria disponibilizado 1,2 bilhão de reais a empresas com problemas de crédito para exportar ou que tiveram prejuízo devido à variação cambial. Os juros dos empréstimos seriam subsidiados pelo Tesouro Nacional.

As companhias receberiam, ainda, até 20 milhões de reais cada para estocar a produção e teriam acesso a uma outra linha de crédito, de 2,5 bilhões de reais, que prevê o repasse, com o compromisso de recompra, de parte das carteiras de recebíveis das empresas.

Segundo o Valor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou a ministros e dirigentes de bancos que ajudassem o setor para evitar o agravamento das dificuldades na cadeia produtiva, que poderia colocar em risco pequenos produtores em todo o país e ameaçar o desempenho de um dos principais geradores de superávits na balança comercial. A crise dos frigoríficos seria complexa porque não haveria uma disputa pelo eventual espólio das empresas, já que com a crise financeira os frigoríficos prefeririam não gastar com a compra de empresas.

No dia 2 de março, o frigorífico Independência entrou na Justiça com pedido de recuperação judicial. A companhia já havia recebido do governo 250 milhões de reais, mas os recursos não foram suficientes para equilibrar as contas. O governo estaria preparando um novo aporte, dessa vez de 200 milhões de reais, que teria sido suspenso com o pedido de recuperação judicial. A lei, entretanto, permite novos empréstimos durante a recuperação judicial e, segundo o Valor, o BNDES não descartou um novo socorro à empresa.
 

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