As ações da Redecard estrearam na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta sexta-feira (13/7) agitando o mercado. Logo nos primeiros negócios do dia, os papéis disparam 30%, chegando a ser cotados a 34,98%. Às 11h24, eram vendidos a 32,61 reais, em alta de 20,77%.

É forte a demanda pelas ações, que já saíram com seu preço inicial acima do esperado. A estimativa do Unibanco, coordenador da oferta pública inicial (IPO), era de que os papéis tivessem seu valor inicial fixado entre 20 e 25 reais, mas o grande interesse dos investidores puxou o preço para 27 reais. Com isso, a companhia conseguiu captar 4,072 bilhões de reais, realizando o maior IPO da História.

Em apenas uma hora e meia de negociação, já foram realizados 11.818 negócios. A entrada da empresa na Bolsa também está mexendo com as ações dos bancos, que ontem registraram altas de até 7%. Hoje, no entanto, os papéis das instituições acompanham o Ibovespa e recuam. Às 11h24, o Ibovespa caía 0,36%, as ações preferenciais do Itaú e as units Unibanco recuavam 0,12% e 2,19%, respectivamente. A exceção são as ações preferenciais do Bradesco, que subiam 1,44%, para 50,01 reais.

A Redecard foi criada em 1996, fruto da cisão da Credicard, até então controlada pelos bancos Citibank, Itaú e Unibanco. A sociedade na Credicard foi desfeita, mas mantida na Redecard, que é responsável pelas transações com os cartões Mastercard e Diners, além do credenciamento de estabelecimentos comerciais que aceitam os cartões. Atualmente, a empresa conta com mais de 1 milhão de estabelecimentos conveniados, cerca de 34% de participação de mercado e faturamento de mais de 1 bilhão de reais.

De acordo com a Redecard, os recursos obtidos com o IPO serão utilizados no desenvolvimento de sua infra-estrutura tecnológica, compra e a manutenção de equipamentos e aquisição de softwares.