Apesar de ter registrado bons resultados sobre vendas no segundo trimestre do ano, as ações do Grupo Pão de Açúcar não apresentavam bom desempenho no pregão desta terça-feira (14). Às 12h02, os papéis preferenciais do Pão de Açúcar (PCAR-5, sem direito a voto) caíam 0,37%, negociados a 40,30 reais. No mesmo instante, o Ibovespa registrava queda de 0,95%, aos 48.719 pontos.

Nesta segunda-feira (13), o Pão de Açúcar informou que as vendas brutas do grupo no segundo trimestre tiveram crescimento de 15,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 5,6 bilhões de reais. As vendas líquidas atingiram 5 bilhões de reais, um aumento de 18,1% no período.

Segundo a empresa, o bom desempenho é reflexo de parcerias promovidas com os fornecedores, concretizadas por meio da combinação de promoções agressivas com um mix adequado de produtos e aliadas à gestão comercial e de abastecimento.

“Lembramos no entanto, que este forte crescimento é em parte explicando pelo efeito calendário, uma vez que neste ano a Páscoa ocorreu em abril, enquanto que em 2008 ocorreu em março”, anotou a corretora Brascan em relatório.

Nesta semana a empresa também comunicou a aquisição de 40% das ações restantes da rede Assai, numa operação avaliada em 175 milhões de reais. Em novembro de 2007, o grupo havia adquirido os outros 60% por 208 milhões de reais.

O valor total será pago em três prestações: duas delas no valor de 25 milhões de reais, previstas para 2009, e o restante em 15 de janeiro de 2011. O valor da compra poderá somar 200 milhões de reais com a condição de que os antigos donos da empresa - Rodolfo Junji Nagai e Luiz Fumikazu Kogachi - permaneçam na Assai.

Na avaliação da corretora, a aquisição da rede Assai é positiva porque permitirá uma aceleração no segmento do “atacarejo”. “Vale mencionar que esta compra não deverá prejudicar seu caixa, uma vez que o desembolso previsto com esta aquisição é de apenas 50 milhões de reais em 2009. Nosso modelo para o Grupo Pão de Açúcar encontra-se em revisão, de modo a incorporar as recentes aquisições, além de novas premissas macroeconômicas”, anotou a corretora.