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5 passos para identificar pirâmides financeiras – e não cair nelas

Crime está previsto em Lei de 1951, mas promessa de lucros robustos e livre de riscos segue fazendo vítimas

Pirâmides: uma hora o esquema fica insustentável e todo mundo sai perdendo - menos os criminosos (Sergiy Trofimov Photography/Getty Images)

Pirâmides: uma hora o esquema fica insustentável e todo mundo sai perdendo - menos os criminosos (Sergiy Trofimov Photography/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 19h04.

Invista 1.000 reais e dobre o valor investido em menos de três meses. A promessa de dinheiro rápido e fácil pode parecer tentadora, mas, essa é apenas uma das táticas de criminosos para angariar potenciais vítimas para seus esquemas de pirâmides financeiras. Mas o que são pirâmides financeiras?

O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor

Considerada crime contra a economia popular, a pirâmide financeira (ou “bola de neve” como previsto na Lei nº 1.521 de 1951) é semelhante ao estelionato, mas com uma diferença: o número de pessoas atingidas, que é muito maior.

Para participar do esquema, geralmente é cobrado valor inicial para, supostamente, ser “rentabilizado” a taxas irrealistas, como no exemplo anterior. Uma vez dentro do esquema, os criminosos podem usar o dinheiro de novos entrantes para pagar os antigos. Ou então, os criminosos oferecem uma espécie de comissão sobre o valor depositado de cada pessoa atraída para o esquema.

Por isso, as primeiras pessoas podem até chegar a ganhar algum dinheiro, mas essa é apenas uma estratégia para que os criminosos aumentem o número de vítimas e, consequentemente, o dinheiro obtido. Para dar um “maquiar” no esquema, é comum que se atribua os rendimentos a algum tipo de operação financeira, mesmo que ela nunca tenha sido feita de fato. Mas quando a pirâmide se torna insustentável, todo mundo perde – e os criminosos desaparecem.

Para não ser a próxima vítima, a Exame preparou alguns passos para identificar pirâmides financeiras e fugir delas. Confira:

“Não há riscos”

Nada, nada, nada é 100% livre de riscos. Por isso, sempre que prometerem retornos “garantidos”, desconfie - principalmente se a promessa de retorno for superior aos dos títulos públicos, que são considerados os ativos mais seguros de cada economia, e mesmo assim sempre há o risco de calote. Quanto maior os ganhos possíveis, mais arriscado tende a ser a aplicação.

Origem duvidosa

Uma pirâmide financeira, por motivos óbvios, nunca é apresentada como uma. Como dito acima, muitos criminosos atribuem a produtos ou operações financeiras, como criptomoedas e daytrade, a origem da rentabilidade que torna o sistema “infalível”. E ainda que exista a possibilidade de conseguir dinheiro por esses meios, a promessa de retornos parrudos e “garantidos” é sempre um bom motivo para desconfiar, ainda mais se ele estiver atrelado ao mercado de renda variável. Na dúvida, não arrisque.

Insistência

Ligações suspeitas e abordagem por meio de redes sociais são alguns dos meios utilizados para encontrar potenciais vítimas. Quanto melhor for o investimento, menor será a necessidade de buscar investidores.

Comissão por indicações

“Ganhe 20% sobre cada centavo que seu amigo investir.” Camuflada em forma de oportunidade, a oferta pode ser apenas uma armadilha para que que você atraia ainda mais gente para o golpe. Como diz o ditado: quando a esmola é demais, o santo desconfia.

Histórico

Antes de colocar seu dinheiro em qualquer lugar, busque saber quem são as pessoas por trás, há quanto tempo o serviço é oferecido e se já existem denúncias. No caso de empresas que se dizem financeiras, como corretoras e fundos de investimentos, é possível buscar informações sobre elas na CVM ou na Anbima, que regulam e certificam os agentes do mercado.

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