Dívidas: ler o contrato e priorizar as dívidas mais altas são posturas que podem ajudar no pagamento (Gabriel Vergani / EyeEm/Getty Images)
As dívidas estão cada vez mais comuns na vida dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento atingiu 77,4% das famílias em maio deste ano. E os principais tipos de dívidas são: cartões de crédito (88,5%) carnês (18,2%) e financiamentos de carro (11%).
Segundo pesquisa realizada pela FinanZero, 46% dos entrevistados pensam em pedir empréstimo para os próximos 3 meses. Para 34,5% deles, o pagamento de dívidas é a principal justificativa.
Pensando nisso, Ana Paula Pisaneschi, fundadora da plataforma para resolução de problemas financeiros Uffa, separou algumas dicas para renegociar as dívidas:
Confira os termos apresentados no contrato. Detalhes como datas e condições de pagamento, multas e taxas em caso de atrasos são de extrema importância.
Além disso, vale confirmar se não está sendo acrescido nenhum serviço ao contrato, como linhas de crédito ou empréstimos.
O princípio mais importante, e talvez o mais negligenciado, é anotar todas as obrigações financeiras. Esse passo é essencial para ter a noção correta do valor do saldo devedor, juros e outras obrigações.
Assim, você saberá as melhores alternativas para uma possível renegociação.
É comum que seja mais simples quitar dívidas menores antes, mas a dica aqui é não deixar os juros correndo sobre os maiores valores.
São as maiores taxas de juros e pendências como cartões de crédito que apertam as contas de quem já está endividado.
Muitas pessoas têm a ilusão de que a possibilidade de mais parcelamentos é algo benéfico, mas em essência, quanto mais parcelamentos, mais longa será a obrigação financeira com aquela dívida.
Por isso, diminuir as parcelas é algo positivo para lidar com os juros e taxações.
Em uma renegociação, é primordial entender que existirão obrigações financeiras, como arcar com gastos mensais ou à vista, por exemplo.
Quando não é possível cumprir o acordo, o seu CNPJ volta aos registros de inadimplência e o crédito é bloqueado. Se isso acontecer, o credor pode cancelar o acordo novo e retomar o antigo, mas isso geralmente ocorre com taxas adicionais.