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11 corretoras recomendam dividendos para maio

Apesar de muitas carteiras ficarem praticamente no zero a zero em abril, corretoras mantêm estratégia para maio


	Cielo tem sido uma das ações mais recomendadas nas carteiras defensivas das corretoras
 (ARQUIVO)

Cielo tem sido uma das ações mais recomendadas nas carteiras defensivas das corretoras (ARQUIVO)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h23.

São Paulo – As ações boas pagadoras de dividendos costumam se sair bem em cenários de crise, e por isso vêm superando com folga o Ibovespa em 2013. Em abril, no entanto, muitas das carteiras defensivas das corretoras ficaram no zero a zero – com leve alta ou queda. Ainda assim, a maioria das carteiras de dividendos de março superou o Ibovespa, que fechou o mês com recuo de 0,78%.

As ações que pagam bons dividendos (lucros das companhias que são repassados aos acionistas) geralmente são de empresas líderes de mercado ou que atuam em segmentos com demanda estável. Por essas características, essas companhias não sofrem como aquelas mais influenciadas pelo ambiente macroeconômico. Além disso, a geralmente baixa necessidade de reinvestimento no negócio faz com que essas empresas mais defensivas consigam repassar boa parte de seus lucros aos acionistas.

Essas empresas costumam se concentrar em setores de utilidade pública, como saneamento e energia (cuja demanda não se modifica diante de crises) e telefonia, bem como nos setores financeiro e de consumo inelástico, como fabricantes de bebidas alcoólicas e cigarros.

Ações de empresas como Telefônica, Cielo e Ambev continuam bastante recomendadas. Ao menos seis corretoras mantiveram sua estratégia e não mexeram na carteira para o mês de maio. Outras fizeram pouquíssimas alterações.

Veja a seguir as ações boas pagadoras de dividendos recomendadas pelas corretoras:

Ágora Corretora / Bradesco

Em abril, a carteira de dividendos da Ágora/Bradesco teve leve queda de 0,90%, acumulando alta de 5,0% no ano.

Papéis incluídos: Cielo. Papéis retirados: Sabesp.

A expectativa de retorno médio da carteira defensiva da Ágora para 2013 é de 5,43% via dividendos. Em abril, o destaque de alta da carteira foram as ações da BM&FBovespa, que refletiram as expectativas de aumento do volume negociado na bolsa brasileira. Os papéis da Sabesp, retirados da carteira, foram o destaque negativo, uma vez que foi suspensa, até agosto, a autorização para o repasse na fatura dos serviços de valores referentes a encargos do município de São Paulo. A suspensão deve vigorar até agosto, quando ocorrerá a divulgação do resultado definitivo da revisão tarifária da Sabesp.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
Ambev AMBV4 R$ 96,40 4,00%
BM&FBovespa BVMF3 R$ 16,00 4,90%
Cielo CIEL3 R$ 48,20 5,20%
Contax CTAX4 R$ 6,20 6,00%
Telefônica (Vivo) VIVT4 R$ 57,00 8,00%

Ativa

A carteira defensiva da Ativa teve leve valorização de 0,40% em abril. No ano, a carteira acumula alta de 5,77%.

Não houve alterações para a carteira de maio.

Não houve comentários específicos sobre a manutenção da carteira.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado (dez/2013)
Ambev AMBV4 ND 6,70%
Cielo CIEL3 ND 4,80%
Equatorial EQTL3 ND 3,30%
Sabesp SBSP3 ND 3,00%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND 7,10%

Citi Corretora

A carteira Top Picks Dividendos apresentou alta de 0,60% em abril. Não foi divulgado o desempenho acumulado em 2013.

Não foram feitas alterações na carteira para maio.

Segundo o relatório, Ambev mostra iniciativas para o crescimento do volume de vendas combinadas com a resiliente estrutura de custos do setor. A Tractebel apresenta geração de caixa saudável no médio prazo, balanço sólido e melhora em governança corporativa nas transferências de ativos do controlador. A Ultrapar apresentou resultados recentes que superaram as projeções dos analistas e o consenso do mercado, e que devem continuar dando suporte às ações.

A Telefônica tem dividend yield elevado, fluxo de caixa forte e estável por conta da exposição ao segmento de telefonia fixa, indicadores operacionais fortes, particularmente no mercado de telefonia móvel, onde a empresa é líder de mercado. E a CCR passa por um momento favorável em termos de resultados, com alguns projetos novos ganhando tração. Além disso, tem excelentes perspectivas de crescimento, considerando o amplo portfólio de projetos de infraestrutura que vai a leilão nos próximos anos.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
Ambev AMBV4 R$ 89,10 2,70%
CCR CCRO3 R$ 20,00 2,00%
Telefônica (Vivo) VIVT4 R$ 50,00* 7,40%
Tractebel TBLE3 R$ 34,20 6,50%
Ultrapar UGPA3 R$ 46,00 2,40%

(*) Último preço-alvo estabelecido. A cobertura desta ação foi descontinuada no início de março.


Geral Investimentos

A carteira de dividendos da Geral Investimentos teve alta de 1,30% em março e no acumulado do ano apresenta alta de 5,40%.

Papéis incluídos: Cemig.

A carteira da Geral privilegia ações com elevadas perspectivas de pagamento de dividendos, além de estimativas de crescimento de lucros constantes. Segundo o relatório da corretora, a Cemig entrou na carteira porque, depois do terceiro ciclo de revisão tarifária ter tido impacto dentro do esperado pela companhia, os analistas acreditam que os fundamentos da companhia retomam sua solidez. Há boas perspectivas de crescimento e a projeção de fluxo de dividendos é atrativa.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado (dez/13)
Ambev AMBV4 ND 4,10%
Brasil Insurance BRIN3 ND 5,40%
CCR CCRO3 ND 4,10%
Cemig CMIG4 ND 7,40%
Grendene GRND3 ND 4,90%
Helbor HBOR3 ND 5,90%
Mahle Metal Leve LEVE3 ND 6,80%
Taesa TAEE11 ND 8,80%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND 7,70%
Tractebel TBLE3 ND 5,40%
Ultrapar UGPA3 ND 4,20%

Itaú Corretora

As carteiras sugeridas do Itaú são modificadas ao longo do mês. Por isso, a rentabilidade mensal, assim como as alterações realizadas nas sugestões dos papéis a cada mês, não são divulgadas como ocorre com as carteiras das outras corretoras.

O Itaú também não divulgou comentários sobre as ações sugeridas para maio.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
AES Tietê GETI4 R$ 24,00 11,80%
Banrisul BRSR6 R$ 21,10 4,90%
Cielo CIEL3 R$ 68,50 5,10%
Telefonica Brasil VIVT4 R$ 59,00 8,90%
Transmissão Paulista TRPL4 R$ 45,00 12,90%

Omar Camargo

Em abril, a carteira de dividendos da Omar Camargo teve dividend yield de 0,51% e valorização de 0,79%, já com ajuste de proventos para os acionistas. No ano, o dividend yield é de 3,71% e a valorização é de 0,24% já com ajuste de proventos para os acionistas.

Não houve mudanças na carteira para maio, nem comentários específicos sobre a manutenção da carteira.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/13)
AES Tietê GETI4 ND ND
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
Paraná Banco PRBC4 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND
Tractebel TBLE3 ND ND

Planner

A carteira de dividendos da Planner teve alta de 7,21% em abril e apresenta valorização de 13,10% no acumulado do ano.

Papéis incluídos: AES Tietê, Itaú Unibanco, MRV Engenharia e TIM Participações. Papéis retirados: Hering, Contax, Petrobras e Telefônica Brasil.

AES Tietê foi incluída porque os analistas da Planner esperam que a companhia continue distribuindo 100% de seus resultados em forma de dividendos. O Itaú foi incluído porque a corretora acredita que o pior da inadimplência tenha ficado para trás, tendo uma visão mais positiva para o banco. A MRV é apontada como um destaque positivo entre as construtoras, e vai pagar dividendos nos próximos meses. A TIM também deve pagar dividendos nos próximos meses, além de ter tido bons resultados no primeiro trimestre.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/13)
AES Tietê GETI3 R$ 22,40 12,20%
Itaú Unibanco ITUB4 R$ 40,20 4,00%
MRV Engenharia MRVE3 R$ 11,50 3,00%
Taesa TAEE11 R$ 25,30 7,20%
TIM Participações TIMP3 R$ 10,90 3,70%

Rico/Octo Investimentos

Em abril, a Carteira Dividendos 8+ do Rico, home broker da Octo Investimentos, apresentou alta de 0,49%. Em 2013, a alta foi de 3,62%.

Não houve alteração da carteira para maio.

Os analistas do Rico, home broker da Octo Investimentos, comentam em relatório que, em abril, os ativos do setor elétrico que compõem a carteira tiveram mais estabilidade ante meses anteriores, com destaque para Coelce, Tractebel e Taesa. O melhor desempenho ficou por conta da Grendene, com a expectativa e pós-apresentação dos resultados do primeiro trimestre, que ficaram acima do esperado.

A corretora não altera a carteira, reiterando a qualidade dos ativos e permanecendo com empresas que, segundo os analistas, têm caráter mais defensivo e são boas pagadoras de dividendos, voltadas para o crescimento e com consistência na entrega de resultados.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
BR Properties BRPR3 ND ND
Coelce COCE5 ND ND
Grendene GRND3 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND
Tractebel TBLE3 ND ND
Vale VALE5 ND ND

Souza Barros

A carteira de dividendos da Souza Barros teve queda de 0,24% em abril e no acumulado do ano registra alta de 0,96%.

Não houve alterações na carteira para o mês de maio.

A carteira da Souza Barros é trimestral e foi alterada para o mês de abril. Os critérios usados pela Souza Barros para as sugestões são liquidez, dividend yield maior que 3,5% no último ano e 6,5% nos últimos 24 meses, pagamento de dividendos constante nos últimos cinco anos e no máximo duas empresas por setor que se enquadrem nesses critérios.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Contax CTAX4 ND ND
CSN CSNA3 ND ND
Eternit ETER3 ND ND
Grendene GRND3 ND ND
Oi OIBR4 ND ND
Souza Cruz CRUZ3 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Telefônica Vivo VIVT4 ND ND

Um Investimentos

A carteira de dividendos da Um Investimentos apresentou alta de 3,75% em abril. O desempenho no ano não foi divulgado.

Papéis incluídos: Hering. Papéis retirados: Lojas Renner e Natura.

A Hering foi incluída por ter expectativas de melhora de resultados em 2013, marcas com alto potencial e por estar um pouco mais barata que seus pares. A Grendene foi mantida na carteira por fatores como seu perfil defensivo, seus múltiplos baratos em relação a seus pares, crescimento da demanda interna e desvalorização do Real. A CCR também ficou por motivos como estar menos endividada que seus pares e ter margem operacional elevada. Já a Cielo se beneficiaria de fatores como o crescimento do crédito no Brasil e o caráter defensivo frente à inflação.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado
CCR CCRO3 R$ 23,50 ND
Cielo CIEL3 R$ 67,50 ND
Grendene GRND3 R$ 25,00 ND
Hering HGTX3 R$ 50,00 ND

XP Investimentos

A Carteira XP Dividendos encerrou o mês de abril com alta de 2,70% e no ano acumula valorização de 12,30%.

Não foram realizadas alterações na carteira de maio.

Os analistas ressaltaram que as ações da Cielo foram destaque absoluto do portfólio em abril. Eles explicam que depois de um movimento de vendas no final de 2012, resultante de receios em relação a regulamentações, mais recentemente a ação tem se valorizado muito. Apesar de a corretora não acreditar mais em um potencial tão grande de valorização, a ação foi mantida na carteira porque os analistas consideram que o ativo possui uma forte resiliência na entrega de resultados, alta rentabilidade e bom potencial de crescimento.

Os analistas também chamaram atenção para o fraco desempenho das ações do Banrisul (-2%) no mês passado. Eles afirmam que não há nenhum fator concreto que os faça mudar de opinião a respeito do ativo, apesar do seu baixo desempenho, e continuam acreditando em catalisadores positivos para o banco, tais como: a recuperação da economia gaúcha, expansão do Banricompras (cartão de compras aceito em lojas conveniadas) e crescimento de rentabilidade com a venda de seguros/previdência.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banrisul BRSR6 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Coelce COCE5 ND ND
Equatorial EQTL3 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND

Entenda, com o vídeo a seguir, quando uma ação é boa pagadora de dividendos:

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