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10 corretoras recomendam dividendos para fevereiro

Mesmo carteiras defensivas tiveram desempenho ruim em janeiro; Tractebel foi a ação mais recomendada


	Campo da Tractebel: ação foi a mais recomendada, por seu caráter mais defensivo
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Campo da Tractebel: ação foi a mais recomendada, por seu caráter mais defensivo (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2014 às 09h05.

São Paulo – A queda de 7,51% no Ibovespa em janeiro, o pior janeiro desde 1995, arrastou consigo até mesmo as ações consideradas mais defensivas.

Apenas uma carteira recomendada de ações que pagam bons dividendos teve desempenho positivo, dentre aquelas acompanhadas por EXAME.com. Mas embora algumas tenham acompanhado o Ibovespa, outras caíram bem menos que o índice.

A falta de confiança dos investidores estrangeiros na economia brasileira, em razão de fatores como alta inflação, descontrole do gasto público e baixa perspectiva de crescimento econômico, foi um dos principais fatores que sacrificaram a bolsa brasileira em janeiro.

Em adição a isso, a redução dos estímulos econômicos nos EUA faz com que os investidores fujam dos países emergentes e voltem a se refugiar naquele país. A China também voltou a apresentar sinais de desaceleração em janeiro, o que prejudica diretamente certas empresas brasileiras.

Dividendos

As empresas que pagam bons dividendos (lucros das companhias repassados a acionistas) geralmente são líderes de mercado ou atuam em segmentos com demanda estável. Por essas razões, suas ações não sofrem como aquelas mais influenciadas pelo ambiente macroeconômico e tendem atrair mais investidores em momentos de baixa da Bolsa.

Por terem, em geral, baixa necessidade de reinvestimento no negócio são empresas mais defensivas e que conseguem repassar boa parte dos lucros aos acionistas.

As boas pagadoras de dividendos costumam se concentrar em setores de utilidade pública, como saneamento, energia e telefonia, bem como nos setores financeiro e de consumo inelástico, como fabricantes de bebidas alcoólicas e cigarros.

As carteiras de dividendos, portanto, são mais indicadas ao investidor menos arrojado, que busca retornos consistentes e menor volatilidade.

Ação mais recomendada

A ação mais recomendada para fevereiro foi a Tractebel (TBLE3), que aparece em sete carteiras, devido a seu caráter altamente defensivo, com fluxo de caixa previsível, retornos consistentes, bom desempenho operacional e baixa exposição cambial.

Clique no nome da corretora para ver sua carteira recomendada de dividendos:

Ativa
Citi

Omar Camargo
Planner

Rico/Octo Investimentos
Santander

Spinelli
Um Investimentos

Votorantim
XP Investimentos

Matéria atualizada às 10h03.


Ativa

Desempenho em janeiro: -5,50%.

Não houve alterações na carteira para fevereiro.

Destaques do relatório: Não foram divulgados comentários específicos sobre a manutenção da carteira.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
Ambev ABEV3 ND 3,60% 20,0%
Bradesco BBDC4 ND 3,70% 20,0%
Equatorial EQTL3 ND 2,50% 20,0%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND 7,10% 20,0%
Tractebel TBLE3 ND 5,80% 20,0%

Citi

Desempenho em janeiro: -7,69%.

Papéis incluídos: Cielo.
Papéis retirados: Transmissão Paulista.

Destaques do relatório:

Apesar de permanecerem com perspectivas de longo prazo positivas para a Transmissão Paulista, com destaque para o potencial pagamento de dividendos extraordinários, os analistas do Citi acreditam que a decisão sobre a compensação dos ativos de transmissão pré-2000 só deve ocorrer após as eleições. Este era visto como o principal fator a beneficiar as ações.

A Cielo foi acrescentada à carteira por ter apresentado consistente histórico de resultados e expectativa de crescimento de até 15% no Lucro por Ação neste ano. Além disso, a Copa do Mundo deve gerar uma demanda extraordinária e impulsionar o volume das transações feitas com cartões.

O relatório deixa ainda uma observação sobre a Tractebel: embora a ação já tenha atingido o potencial de valorização para 12 meses até janeiro de 2014, os analistas seguem acreditando no potencial de valorização do papel.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
BB Seguridade BBSE3 R$ 23,80 4,70% ND
CCR CCRO3 R$ 21,50 2,60% ND
Tractebel TBLE3 R$ 32,70 7,40% ND
Cielo CIEL3 R$ 72,50 3,80% ND
Ultrapar UGPA3 R$ 59,50 2,90% ND

Omar Camargo

Desempenho em janeiro: +0,31% (dividendos) e +2,25% (carteira), sendo +2,11% o retorno total.

Papéis incluídos: Grendene.
Papéis retirados: Coelce.

Destaques do relatório:

As ações da Coelce saem da carteira em função da Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações, que visa, por parte de sua controladora, adquirir a totalidade das ações em circulação.

Em seu lugar entraram as ações da Grendene, que tem bom histórico de dividendos, tem dinheiro em caixa aplicado em investimentos atrelados ao CDI (beneficiando-se, portanto, da alta da Selic), e uma demanda que não é diretamente dependente da concessão de crédito (venda de calçados).

Outro ponto é que 25% de sua produção são exportados, o que faz com que a alta do dólar seja benéfica para a companhia, apesar da possível alta no custo de sua matéria-prima.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
Alupar ALUP11 ND ND 20,0%
Contax CTAX11 ND ND 20,0%
Grendene GRND3 ND ND 20,0%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND 20,0%
Tractebel TBLE3 ND ND 20,0%

Planner

Desempenho em janeiro: -6,85%

Papéis incluídos: Souza Cruz e Tractebel.
Papéis retirados: BM&FBovespa e Valid.

Destaques do relatório:

Souza Cruz foi incluída porque deve deliberar o pagamento de proventos ao divulgar seus resultados. Os analistas acreditam que o crescimento da produção de cigarros no Brasil seja um indicativo de que o balanço deve continuar mostrando crescimento nos lucros, influenciando positivamente a concessão de proventos.

Já a Tractebel foi incluída por seu perfil defensivo, fluxo de caixa previsível e bom desempenho operacional, com exposição cambial reduzida e retornos consistentes. A corretora estima o pagamento de dividendos complementares de 85 centavos por ação, com um yield de 2,5%.

A BM&FBovespa foi retirada por não ter apresentado a recuperação esperada pelos analistas. Finalmente, a Valid saiu da carteira por ter pago dividendos.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
Souza Cruz CRUZ3 R$ 25,00 5,9% 20,0%
Natura NATU3 R$ 46,50 3,6% 20,0%
Telefônica (Vivo) VIVT4 R$ 57,00 7,8% 20,0%
Totvs TOTS3 R$ 47,00 3,1% 20,0%
Tractebel TBLE3 R$ 43,00 5,9% 20,0%

Rico/Octo Investimentos

Desempenho em janeiro: -7,03%

Não houve mudanças na carteira para o mês de fevereiro.

Destaques do relatório:

Em janeiro, a carteira teve a pior performance desde seu início, em outubro de 2011. Nem mesmo os ativos considerados defensivos escaparam da fuga de capital estrangeiro.

A manutenção da carteira visa a permanecer com empresas de caráter mais defensivo e boas pagadoras de dividendos, aliadas a empresas voltadas para o crescimento e que têm apresentado consistência na entrega de resultados. Os analistas também têm expectativa de uma recuperação dos ativos que tiveram uma queda considerada exagerada no último mês.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
Alupar ALUP11 ND ND 12,5%
Banco do Brasil BBAS3 ND ND 12,5%
Cemig CMIG4 ND ND 12,5%
Grendene GRND3 ND ND 12,5%
Mahle Metal Leve LEVE3 ND ND 12,5%
Taesa TAEE11 ND ND 12,5%
Tractebel TBLE3 ND ND 12,5%
Vale VALE5 ND ND 12,5%

Santander

Desempenho em janeiro: -7,34%

Papéis incluídos: Itaú Unibanco, SulAmérica e Porto Seguro.
Papéis retirados: Bradesco, Localiza e Vale.

Destaques do relatório:

A Vale sai da carteira em função da desaceleração do crescimento chinês e da desvalorização do minério de ferro (cerca de 9% em janeiro). Já a Localiza foi retirada em razão de uma perspectiva de resultado fraco no quarto trimestre de 2013.

O Bradesco foi substituído pelo Itaú Unibanco, uma vez que a rentabilidade de seu patrimônio líquido é inferior à do concorrente. Além disso, o Itaú está com as ações consideradas baratas, e deve apresentar bons resultados no quarto trimestre.

A SulAmérica entra por ser considerada barata e pela perspectiva de resultados fortes no quarto trimestre. Finalmente, a Porto Seguro foi incluída porque provavelmente vai se beneficiar de uma disputa judicial em relação à legalidade da cobrança do Cofins, podendo distribuir esse lucro não recorrente na forma de dividendos extraordinários.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
Ambev ABEV3 R$ 20,00 4,73% 13,0%
BB Seguridade BBSE3 R$ 25,80 4,99% 17,0%
Itaú Unibanco ITUB4 R$ 41,00 4,43% 13,0%
Porto Seguro PSSA3 R$ 33,10 5,46% 20,0%
SulAmérica SULA11 R$ 16,50 3,37% 20,0%
Ultrapar UGPA3 R$ 71,00 3,00% 17,0%

Spinelli

Desempenho em janeiro: -2,69%

Papéis incluídos: Tractebel.
Papéis retirados: Banco do Brasil.

Destaques do relatório: Não foram divulgados comentários específicos sobre a carteira de dividendos.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
Coelce COCE5 ND ND 17,0%
Mahle Metal Leve LEVE3 ND ND 17,0%
Natura NATU3 ND ND 17,0%
Taesa TAEE11 ND ND 17,0%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND 17,0%
Tractebel TBLE3 ND ND 17,0%

Um Investimentos

Desempenho em janeiro: -2,51%

Papéis incluídos: AES Tietê e Valid.
Papéis retirados: Taesa, Tractebel e Coelce.

Destaques do relatório:

A AES Tietê foi incluída por seus múltiplos atrativos e pelas boas expectativas de resultados no quarto trimestre de 2013, além de elevado dividend yield. Para a Valid também são esperados bons resultados no quarto trimestre, além de um alto dividend yield.

A empresa também deve se beneficiar da expansão no mercado norte-americano, além de ser capaz de captar a forte expansão dos meios de pagamento. Os riscos da ação são a redução da atividade econômica e a dificuldade de passar eventuais aumentos de custos para os clientes finais.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
CCR CCRO3 R$ 20,05 ND 15,0%
AES Tietê GETI4 R$ 27,46 7,0% 25,0%
Grendene GRND3 R$ 25,00 ND 10,0%
Valid VLID3 R$ 43,20 4,0% 20,0%
Tegma TGMA3 R$ 27,46 4,6% 10,0%
Vale VALE5 R$ 44,51 ND 20,0%

Votorantim

Desempenho em janeiro: -9,18%

Papéis incluídos: Vale.
Papéis retirados: CCR.

Destaques do relatório: A inclusão de Vale se deve ao anúncio de sua proposta de dividendo mínimo para 2014 de 4,2 bilhões de dólares. O dividend yield projetado é de 6,0% para a ação ordinária (VALE3) e 6,6% para a ação preferencial (VALE5).

O aumento da previsão de dividendos em relação ao ano passado mostra uma visão otimista por parte da companhia em relação às perspectivas de mercado para o minério de ferro. Além disso, os analistas creem que pode haver a proposição de dividendos adicionais.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
AES Tietê GETI4 ND ND 20,0%
Mahle Metal Leve LEVE3 ND ND 20,0%
Petrobras PETR4 ND ND 20,0%
Santander SANB11 ND ND 20,0%
Vale VALE5 ND 6,6% 20,0%

XP Investimentos

Desempenho em janeiro: -4,00%

Papéis incluídos: Tractebel e Banco do Brasil.
Papéis retirados: Cemig.

Destaques do relatório: As ações da Tractebel são consideradas mais flexíveis para o atual momento econômico, e também apresentaram queda recente de 10%.

A exposição em Alupar e Telefônica (Vivo) foi reduzida de modo a dar espaço para os papéis do Banco do Brasil, cuja ação se apresenta descontada e com um interessante dividend yield para este ano.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado Pesos
Alupar ALUP11 ND ND 10,0%
Banco do Brasil BBAS3 ND ND 10,0%
BB Seguridade BBSE3 ND ND 15,0%
Cielo CIEL3 ND ND 10,0%
Multiplus MPLU3 ND ND 15,0%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND 15,0%
Tractebel TBLE3 ND ND 15,0%
Vale VALE5 ND ND 10,0%
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