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Zamp: RBI diz que não pode conceder marcas para Mubadala

Comunicado marca novo capítulo na conturbada tentativa de aquisição do grupo alimentício pelo fundo soberano

Burger King e Popeyes: RBI diz que não pode conceder (Eduardo Frazão/Exame)
KS

Karina Souza

Publicado em 22 de setembro de 2022 às 17h56.

Última atualização em 22 de setembro de 2022 às 18h00.

A Zamp divulgou, nesta quinta-feira, mais um capítulo da novela da possível aquisição do grupo pelo Mubadala. Antes de entrar no que aconteceu hoje (22), uma breve recapitulação: nos últimos dias, a Restaurant Brands International (RBI) divulgou ao mercado que, com a troca de controle da Zamp (caso a aquisição se concretizasse), uma rescisão dos contratos de uso da marca poderia acontecer. O Mubadala, por sua vez, se declarou “surpreso” com a afirmação e pediu que a companhia que tem intenção de comprar se pronunciasse sobre o assunto até o dia 22 de setembro – no caso, hoje. O comunicado da Zamp veio antes disso, com o conselho afirmando crer que a compra não levaria a modificações ou rescisões com a RBI, mas que somente a própria RBI poderia dar a palavra final sobre o assunto.

Tudo isso para dizer que a comunicação da RBI veio nesta quinta-feira, dentro do prazo exigido. Na carta, que responde à "dúvida" da Zamp, a companhia afirma que, com base na revisão de informações adicionais enviadas pelo fundo, entende que o Mubadala está envolvido em atividades que competem com as realizadas por Burger King e Popeyes. E, que, portanto, não pode outorgar o waiver solicitado pela instituição financeira. Ou seja, que não pode conceder as marcas ao fundo.

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Não custa lembrar que a garantia de que as marcas do BK e Popeyes serem utilizadas após a compra da Zamp era uma condição precedente para que a transação acontecesse. Ou, de forma ainda mais clara: a compra só acontece caso a parte compradora tenha a garantia de que não haverá rescisão do uso das marcas.

Lembrando que o Mubadala não quer comprar 100% do capital social da Zamp. Mas aumentar a participação em 45% (hoje o fundo tem 5% da empresa). A oferta inicial para isso seria de R$ 7,55 por ação, 3,7% mais do que a empresa está cotada hoje na bolsa brasileira. Com a recusa dessa oferta, o fundo aumentou o preço para R$ 8,31 por papel, um ágio de 14%.

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