WEG divulga seu balanço sobre segundo trimestre
A fabricante de máquinas e motores elétricos ainda sente na pele os efeitos da crise econômica
EXAME Hoje
Publicado em 19 de julho de 2017 às 06h22.
Última atualização em 11 de janeiro de 2021 às 19h16.
Mais uma temporada de balanços se inicia nesta quarta-feira e a primeira a divulgar seus números do segundo trimestre é uma companhia que, assim como muitas brasileiras, ainda sente na pele os efeitos da crise econômica: a fabricante de máquinas e motores elétricos WEG.
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No ano de 2016, a multinacional brasileira teve uma queda de 3,3% em seu lucro, para 1,12 bilhão de reais — após ter passado ilesa pela crise nos anos anteriores. No primeiro trimestre deste ano, a empresa continuou sofrendo com a queda na demanda interna e ainda teve perdas na receita internacional (com a desvalorização do dólar em comparação com o real). O lucro de janeiro a março caiu 8,7%, para 257,7 milhões de reais, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Mesmo assim, a empresa não deixou seu ambicioso plano de expansão de lado. Em junho, a WEG anunciou a compra da CG Power, empresa de fabricante de transformadores nos Estados Unidos por 37 milhões de dólares. Com a aquisição, que deve ser concluída no fim deste mês, a companhia entra no segmento de energia renovável, principalmente em projetos de geração eólica e solar. No fim de 2016, a WEG comprou a fabricante de turbinas e transmissões TGM (que fatura cerca de 240 milhões de reais) no que foi anunciada como a maior aquisição de sua história no Brasil — o valor não foi revelado.
Hoje, a WEG tem fábricas em 20 países e 57% de sua receita vem do mercado externo (incluindo exportações e produtos fabricados fora do País). Em 2012, a WEG estabeleceu como meta quadruplicar seu faturamento para 20 bilhões de reais até 2020, mas a recessão brasileira e a desvalorização de moedas em países relevantes para a operação tem atrapalhado os planos. Por enquanto, o faturamento está perto da metade da meta, totalizando 9,37 bilhões de reais em 2016. A ver se os números desta quarta-feira deixam a WEG mais perto de 2020.