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Vale depende da China mais do que nunca, diz Fator

Para estrategista, risco com país asiático ainda não reflete totalmente no preço das ações

Desempenho da Vale colado à China (Agência Vale/Divulgação)

Desempenho da Vale colado à China (Agência Vale/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 13h41.

São Paulo – A China continua pesando para uma das principais empresas da bolsa, a Vale (VALE3, VALE5). Em seu relatório de estratégia mensal, Lika Takahashi, estrategista-chefe da Fator Corretora, afirma que há cerca de três semanas começaram a surgir notícias de que consumidores chineses de minério de ferro e carvão térmico estavam pedindo para adiar cargas ou deixando de honrar contratos.

“Ou os chineses não precisam das matérias primas porque a demanda está fraca e os estoques altos, ou precisam, mas querem se aproveitar dos preços em queda para refazer os contratos e reduzir seus custos”, afirma Lika.

A torcida é para que a segunda hipótese seja a correta. “Mas o fato é que as mineradoras de ferro passaram a depender basicamente de um único cliente: a China é o maior importador de minério de ferro do mundo, responsável por cerca de 60% do mercado transoceânico”, diz.

Naturalmente, isso é ruim para as mineradoras. “A Vale, agora, talvez mais do que antes, está colada à China”, afirma a estrategista, que acredita que esse risco ainda não está sendo totalmente refletido no preço das ações.

Melhor Petrobras

Com isso, Lika continua preferindo ações da Petrobras (PETR3, PETR4) em detrimento das da Vale. “Os efeitos nos resultados não serão visíveis no curto e médio prazo, mas “sob nova direção” as chances da Petrobras melhorar aumentaram.

De uma maneira geral, a recomendação de Lika continua sendo de “cautela” para o investidor. “Frente aos riscos, externos e domésticos, continuo a recomendar ações defensivas, boas pagadoras de dividendos”, diz.

Ela afirma que, apesar da recente correção, a bolsa brasileira permanece, em geral, com preços bem refletidos, em especial nos setores de varejo, construção civil, siderurgia e papel e celulose. E a estimativa segue sendo de um Ibovespa próximo aos 60 mil pontos no final do ano.

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