Sinais de melhora na Usiminas
Na problemática siderúrgica Usiminas, que no início do ano beirava a recuperação judicial, as coisas parecem melhorar. Nesta sexta-feira a companhia publica seu balanço trimestral após concluir, em setembro, a renegociação de 6,3 bilhões de reais em dívidas e receber um aporte de 1 bilhão de reais de seus principais acionistas. O cenário macroeconômico também começa […]
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2016 às 19h54.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h44.
Na problemática siderúrgica Usiminas, que no início do ano beirava a recuperação judicial, as coisas parecem melhorar. Nesta sexta-feira a companhia publica seu balanço trimestral após concluir, em setembro, a renegociação de 6,3 bilhões de reais em dívidas e receber um aporte de 1 bilhão de reais de seus principais acionistas.
O cenário macroeconômico também começa a ajudar. Para especialistas, após uma queda acumulada de 35% na demanda de aço no Brasil nos últimos cinco anos, a situação parece ter se estabilizado. As vendas de aços planos cresceram 1,7% em setembro no Brasil. Analistas do banco BTG Pactual estimam que a demanda por aço deve crescer pelo menos 6% em 2017.
Executivos do setor também estão otimistas quanto à melhora. No Congresso Latino-Americano de Aço realizado esta semana, o presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, disse que os próximos seis a oito meses ainda serão difíceis, mas depois disso a retomada do consumo deve aparecer.
Mesmo assim, ressaltam analistas, a situação da Usiminas está longe de ser tranquila. Nos resultados que publica nesta sexta-feira, a empresa deve apresentar um prejuízo de 155 milhões de reais, ante perdas de 1 bilhão de reais do mesmo período de 2015.
“Apesar das melhoras recentes, a Usiminas continua com uma geração de caixa deprimida. Nós também continuamos preocupados com as divergências em curso entre acionistas controladores, que ameaçam uma visão de longo prazo para a companhia”, afirmam analistas do BTG em relatório. No início deste mês, o presidente eleito em maio, Sérgio Leite, foi afastado em mais um capítulo da briga entre os acionistas da empresa – a argentina Ternium e a japonesa Nippon Steel. Foi a terceira troca de comando na Usiminas em menos de dois anos.