Mercados

Telemar precisa melhorar fundamentos para potencializar suas ações

Analistas do Santander reduziram a recomendação e o preço-alvo para os papéis preferenciais da operadora

Loja da Oi em um shopping (Marcelo Correa/EXAME)

Loja da Oi em um shopping (Marcelo Correa/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 14h20.

São Paulo – A equipe de pesquisa do Santander optou nesta quarta-feira (20) por reduzir o preço-alvo e a recomendação para as ações preferenciais da Tele Norte Leste Participações (Telemar), pertencente ao grupo Oi. Em relatório, os analistas Valder Nogueira, Gregorio Tomassi e Bruno Mendonça avaliaram que os fundamentos da companhia ainda permanecem fracos e que seguirão sob pressão, afetados principalmente pela falta de impulso da receita.

Em sua análise, eles incorporaram ainda novas premissas macroeconômicas, um fluxo de caixa mais apertado para a companhia, além do aumento de capital realizado pela empresa em 2011. Diante deste cenário, os analistas reduziram o preço-alvo para as ações preferenciais (TNLP4) de 35 reais até o final deste ano para 28 reais até dezembro de 2012.

O novo valor representa um potencial de alta de 25,84% frente à cotação de 22,25 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação para os papéis da companhia foi cortada de compra para manter, mesmo apesar de as ações da Tele Norte Leste Participações terem caído 24% desde o dia 24 de maio, quando a companhia anunciou seu plano de reestruturação corporativa.

Segundo os analistas, o rebaixamento na recomendação reflete não apenas as expectativas de que os fundamentos da companhia continuarão sob pressão no curto e médio prazo, especialmente quando se trata dos lucros da empresa, mas também a projeção de que o rendimento dos dividendos da companhia seguirá baixo, já que os desembolsos feitos pela empresa serão mais escassos devido a uma base de lucro menor e um fluxo de caixa mais apertado.

Reorganização societária

Na visão dos analistas, a reorganização corporativa será positiva para a Telemar, mas poderá ter um efeito “de curta duração caso os fundamentos da companhia não melhorem”, alertam. O Santander acredita que o processo de reestruturação trará mais visibilidade ao mercado, já que o grupo Oi irá reduzir a quantidade de ações e classes listadas atualmente no mercado.

Contudo, até que o processo seja concluído, os analistas afirmam que o custo para carregar as ações não será atraente enquanto os fundamentos da companhia não crescerem. Por conta disso, eles retiraram a recomendação de compra.

Acompanhe tudo sobre:3GAçõesAnálises fundamentalistasBrasil TelecomEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas portuguesasMercado financeiroOiOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTelemar

Mais de Mercados

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Ibovespa opera perto da estabilidade após governo anunciar R$ 15 bi de corte de gastos; dólar sobe

Mais na Exame