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Telefônica tem ação negociada com desconto de 67%

O rendimento estimado para os dividendos da Telefônica, de 7,5 por cento, é quase duas vezes a média de 3,9 por cento das empresas do Ibovespa


	Telefônica: a empresa, que opera sob a marca Vivo no Brasil, está em um patamar mais barato que o Ibovespa em termos de relação preço/lucro desde o final de 2011
 (REUTERS/Juan Medina)

Telefônica: a empresa, que opera sob a marca Vivo no Brasil, está em um patamar mais barato que o Ibovespa em termos de relação preço/lucro desde o final de 2011 (REUTERS/Juan Medina)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2013 às 08h51.

São Paulo - A Telefônica Brasil SA, que deve pagar os maiores dividendos do Ibovespa este ano, está sendo negociada com um desconto de 67 por cento diante do receio dos investidores de que o rigor regulatório do governo afete a maior operadora de telefonia móvel do País.

O rendimento estimado para os dividendos da Telefônica, de 7,5 por cento, é quase duas vezes a média de 3,9 por cento das empresas do Ibovespa e supera a média global da indústria de telecomunicações, de 5,4 por cento.

A empresa, que opera sob a marca Vivo no Brasil, está em um patamar mais barato que o Ibovespa em termos de relação preço/lucro desde o final de 2011.

A pressão do governo da presidente Dilma Rousseff sobre as operadoras de telecomunicações afastou os investidores de setores regulados, pesando injustamente na Telefônica, disse André Baggio, analista do JPMorgan Co.

Dividendos generosos e um bom histórico com as autoridades tornam a empresa uma barganha, disse ele.

“Ela está em um bom momento”, disse Baggio, que tem recomendação equivalente a compra para as ações da Telefônica, em entrevista por telefone de São Paulo. “Ela tem um forte foco em redução de custos e seu negócio de telefonia móvel vai muito bem.”

A Telefônica deve pagar R$ 3,95 em dividendos por ação preferencial em 2013, maior dividendo entre todas as companhias do Ibovespa, segundo dados da Bloomberg. O segundo maior é da Ambev, de R$ 2,93 por ação.

A Telefônica não quis fazer comentários sobre desempenho das ações, dividendos e intervenção do governo, de acordo com sua assessoria de imprensa.

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