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Tarifas de Trump, vendas no varejo e inflação na China: o que move os mercados

Agenda traz dados relevantes no Brasil, nos EUA e na China, em dia de nova ofensiva tarifária de Trump

Publicado em 8 de julho de 2025 às 08h10.

Esta terça-feira, 8, começa com os mercados em modo de atenção diante da escalada nas tensões comerciais globais. Os investidores acompanham os desdobramentos  após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializar tarifas de 25% sobre produtos do Japão, o primeiro da lista de países que não firmaram acordos comerciais com Washington.

Trump também enviou cartas com “ofertas finais” a outros países, estabelecendo o dia 1º de agosto como prazo máximo para adesão. Em tom provocativo, o presidente afirmou que dobrará as tarifas caso haja retaliações.

Já no front geopolítico, Trump voltou a mirar os Brics, ameaçando impor uma taxa adicional de 10% a governos que, segundo ele, se alinharem a “políticas antiamericanas”. O Brasil foi citado indiretamente após o republicano criticar, em rede social, o que chamou de “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

No radar hoje

No Brasil, o dia reserva dados importantes. Às 8h, a FGV divulga o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da 1ª quadrissemana de julho, indicador que ajuda a calibrar as expectativas de inflação.

Mais tarde, às 9h, o IBGE publica os números de vendas no varejo de maio, que devem ajudar a medir o fôlego do consumo em meio à política monetária ainda apertada.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve solta às 16h os dados de crédito ao consumidor referentes a maio, termômetro importante para avaliar a disposição das famílias em assumir dívidas. Já à noite, às 22h30 (horário de Brasília), saem na China os dados de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de junho.

Na agenda política, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa ao meio-dia de um almoço com a Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo e o Instituto Unidos Brasil.

Às 14h, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve prestar esclarecimentos na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Mercados internacionais

Na Ásia, os índices reagiram com volatilidade. O Nikkei 225 fechou em alta de 0,26% em Tóquio, enquanto o Topix subiu 0,17%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 1,81% e o Kosdaq, 0,74%. O CSI 300, da China continental, subiu 0,84% e o Hang Seng, de Hong Kong, teve ganho de 1,09%. Já na Austrália, o S&P/ASX 200 encerrou o dia estável, após o banco central manter os juros em 3,85%, contrariando expectativas de alta.

Nos Estados Unidos, os índices futuros operam próximos da estabilidade após forte queda na véspera. Por volta das 8h (horário de Brasília), o futuro do Dow Jones recuava 0,08%, enquanto o do Nasdaq 100 subia 0,26% e o do S&P 500, 0,12%. Na segunda-feira, o Dow caiu mais de 400 pontos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq recuaram cerca de 0,8% e 0,9%, respectivamente.

Na Europa, as bolsas operam sem tendência definida, com investidores monitorando as incertezas comerciais e as negociações entre EUA e União Europeia. O índice europeu Stoxx 600 recuava 0,06%, enquanto o DAX, da Alemanha, avançava 0,54%. O FTSE 100, do Reino Unido, subia 0,14%, e o CAC 40, da França, registrava queda de 0,11%.

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