Acompanhe:

Super Quarta com Fed e Copom, Oi, PetroRio, BRF e o que move o mercado

Cautela predomina entre investidores globais antes de decisão que deve marcar o aumento do ritmo de alta de juros nos Estados Unidos

Modo escuro

Continua após a publicidade
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Kevin Lamarque/Reuters)

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Kevin Lamarque/Reuters)

G
Guilherme Guilherme

Publicado em 4 de maio de 2022 às, 07h09.

Última atualização em 4 de maio de 2022 às, 14h06.

Os mercados internacionais operam de forma mista na manhã desta quarta-feira, 4, com investidores do mundo inteiro aguardando a decisão do Federal Reserve sobre os juros americanos.

A ampla expectativa é de que Fomc, o comitê de política monetária do Fed, tenha que aumentar o ritmo de alta de juros de 25 para 50 pontos base nesta reunião, elevando a taxa de referência para o intervalo de 0,75% e 1%. Segundo o monitor do Fed do CME Group, somente 2,1% das apostas estão em uma alta ainda mais dura de 75 pontos base.

O aumento de 75 pontos base que levaria a taxa de juros americana para 1% e 1,25% chegou a ser sinalizado por um dos diretores do Fed, James Bullard, conhecido por sua abordagem contracionista. Bullard, na reunião de março, foi o único a defender um aumento ainda mais duro, de 50 pontos base.

A decisão está prevista para às 15h, sendo que a coletiva com o presidente do Fed, Jerome Powell, terá início às 15h30. Investidores esperam que Powell anuncie o início do aperto quantitativo (quantitative tightening, em inglês), que deve tirar ainda mais liquidez do mercado para controlar a inflação.

Os rendimentos dos títulos do tesouro americano, que refletem as expectativas de alta de juros, estão no maior patamar desde 2018.

"Os mercados analisarão atentamente se o Fed irá endossar os próximos movimentos atualmente precificados na curva, que consistem em cerca de 260 pontos base de aperto até o final do ano (incluindo a alta de hoje)", afirma em relatório a equipe do banco ING. 

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia.

  • Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

    • Hang Seng (Hong Kong): -1,10%
    • SSE Composite (Xangai): +2,41% (sexta-feira)
    • FTSE 100 (Londres): -0,53%
    • DAX (Frankfurt): - 0,18%
    • CAC 40 (Paris): - 0,47%
    • S&P futuro (Nova York): +0,40%
    • Nasdaq futuro (Nova York): +0,28%
    • Petróleo Brent (Londres): +3,37% (para US$ 108,53)

Super Quarta no Brasil

No Brasil, a quarta-feira terá uma importância ainda maior, com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central prevista para às 18h30.

O mercado espera que o Copom aumente a taxa Selic em mais 100 pontos base para 12,75% ao ano, como sinalizado. Mas, diferente do indicado na última ata, a expectativa é de que o ciclo de ajustes tenha que ser estendido para os próximos meses. O consenso é de que a Selic termine o ano em 13,25%.

Petróleo em alta

O petróleo sobe nesta manhã, com investidores temendo a redução de oferta, após a União Europeia ter proposto o banimento de importação do petróleo russo para os países do bloco.

Balanços do dia

Além das decisões de juros, entre as mais importantes dos últimos anos, o dia deve ser agitado pela agenda de balanços do primeiro trimestre.

O resultado mais aguardado por investidores é o da Oi. A empresa, que tem mais de 1 milhão de CPFs em sua base acionária irá divulgar seus números após o encerramento do pregão.

A noite ainda terá os balanços da PetroRio, Suzano, Totvs, CSN e CSN Mineração, EDP, GPA e BRF.

Reação aos resultados

A BRF, por sinal, será o segundo frigorífico a divulgar balanço do período. O primeiro foi a Marfrig, que reportou seu resultado na última noite. A empresa teve lucro líquido de R$ 109 milhões, 61,1% abaixo do registrado no ano passado.

O número saiu muito abaixo do consenso da Bloomberg, que esperava R$ 689,2 milhões de lucro, com aumento do Ebitda e da receita liquida -- que de fato aumentaram, saindo, inclusive, acima do esperado. As despesas financeiras, no entanto, engoliram o resultado, saltando de R$ 346 milhões no mesmo período do ano passado para R$ 1,22 bilhão.

Além do balanço da Marfrig, o mercado deve reagir aos resultados da Tim, RaiaDrogasil, Cielo, Iguatemi, Vulcabras, Cteep e Tegma, divulgados na última noite. No radar também estarão os números da Ômega, previstos para esta manhã.

Últimas Notícias

Ver mais
'Estamos trazendo a inflação para a meta com grande sucesso', diz Campos Neto
Economia

'Estamos trazendo a inflação para a meta com grande sucesso', diz Campos Neto

Há 16 horas

Copom não se guia por precificações de mercado para Selic, diz Campos Neto
Economia

Copom não se guia por precificações de mercado para Selic, diz Campos Neto

Há 18 horas

Véspera de PCE, taxa de desemprego e novo grupamento da Oi: 3 assuntos que movem o mercado
seloMercados

Véspera de PCE, taxa de desemprego e novo grupamento da Oi: 3 assuntos que movem o mercado

Há um dia

Diretor do Fed diz não ver urgência para começar a cortar juros
seloMercados

Diretor do Fed diz não ver urgência para começar a cortar juros

Há um dia

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais