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Santander (SANB11) tem queda de 3,1% no lucro do 2T22

As provisões para dívidas duvidosas dispararam 72,78% na comparação anual, impactando negativamente o resultado do banco

Santander (SANB11) (Edgard Garrido/Reuters)

Santander (SANB11) (Edgard Garrido/Reuters)

O banco Santander (SANB11) divulgou nesta quinta-feira, 28, os resultados do segundo trimestre de 2022.

O lucro líquido do Santander diminuiu 3,1% na comparação anual, passando de R$ 4,1 bilhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre deste ano. Na comparação trimestral, o lucro líquido aumentou 0,7%.

O lucro líquido gerencial, que desconsidera o ágio de aquisições, foi de R$ 4,084 bilhões, em queda de 2,1% em relação ao mesmo período de 2021. Na comparação trimestral, esse indicador teve uma alta de 2%.

As receitas de serviços e a concessão de crédito foram os destaques do balanço do Santander, crescendo seja em comparação ao mesmo período de 2021 que na comparação trimestral.

A margem financeira líquida do período entre abril e junho deste ano foi de R$ 6,86 bilhões, em queda de 48,5% em relação aos R$ 13,4 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

Essa contração foi provocada por dois fatores. O primeiro foi a redução da margem financeira bruta, resultado do banco com operações que rendem juros, que passou de R$ 17,1 bilhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 12,8 bilhões no mesmo período deste ano, registrando uma queda de 4,8%.

Em segundo lugar, o aumento de 72,78% das provisões para dívidas de liquidação duvidosa (PDD), que passaram de R$ 3,32 bilhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 5,74 bilhões em 2022.

Segundo o banco espanhol, esse aumento foi provocado pela "deterioração da qualidade e crescimento da carteira de crédito no segmento varejo, com destaque para pessoa física e financiamento ao consumo, e pela mudança no mix de produtos e dinâmica de mercado".

Com isso, o resultado operacional do Santander passou de R$ 9,92 bilhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 5,03 bilhões no segundo trimestre deste ano.

As despesas gerais aumentaram 5,73%, passando de R$ 4,07 bilhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 4,9 bilhões no mesmo período de 2022.

O índice de Basileia atingiu 14,2% no trimestre, redução de 0,5 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Santander, essa redução foi provocada "principalmente pela mudança na apuração dos créditos tributários de prejuízo fiscal".

Balanço patrimonial do Santander (SANB11)

Os ativos totais do Santander no segundo trimestre de 2022 totalizaram R$ 986,589 bilhões, registrando uma alta de 4,9% na comparação anual e de 2,8% na comparação trimestral.

Segundo o Santander, "no trimestre, o crescimento foi principalmente pelo aumento das aplicações interfinanceiras de liquidez, carteira de crédito e carteira de câmbio".

O patrimônio líquido do banco espanhol chegou a R$ 80,335 bilhões em junho de 2022, ou R$ 78,932 bilhões desconsiderando o saldo do ágio.

Com os resultados, o retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE, na sigla em inglês) passou de 21,6% no segundo trimestre de 2021 para 20,8% no segundo trimestre de 2022.

As ações do Santander estão perdendo 9,43% na B3 (B3SA3) desde o começo do ano, e fecharam o pregão da última quarta-feira, 27,

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