Radar: mercado acompanha reunião de equipe econômica e Lula sobre Orçamento deste ano (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)
Repórter de finanças
Publicado em 18 de julho de 2024 às 08h19.
Última atualização em 18 de julho de 2024 às 08h32.
O mercado opera majoritariamente em alta na manhã desta quinta-feira, 18. Nos Estados Unidos, após encerrar o dia anterior em forte queda com a realização de lucros das techs, os índices futuros Nasdaq e S&P500 sobem. Já o Dow Jones, que encerrou as negociações da véspera em recorde histórico, cai no pré-mercado. Na Europa, as bolsas abriram em queda à espera da decisão de juros por lá.
Na Ásia, os principais índices acionários fecharam a sessão de hoje majoritariamente em queda, em meio às fortes perdas nos papéis de empresas tecnológicas, após notícias de que os Estados Unidos estão estudando restrições mais duras às empresas que fornecem tecnologia à China. Por aqui, em dia de agenda mais esvaziada, o Ibovespa futuro sobe.
Por aqui, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne hoje com sua equipe econômica na reunião chamada Junta de Execução Orçamentária (JEO), às 15h30, para discutir bloqueios no Orçamento deste ano. O mercado aguarda que o presidente avalie o corte de gastos para cumprir a meta fiscal de déficit zero. Na próxima segunda-feira, 22, o mercado aguarda com atenção redobrada o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas.
Lula segue defendendo que investimentos sociais não são gastos, mas apesar disso, o governo estuda uma Medida Provisória (MP) para um pente-fino no uso indevido dos benefícios previdenciários temporários, como o auxílio-doença; em aposentadorias por invalidez; benefícios unipessoais do Bolsa Família; Benefício de Prestação Continuada; e seguro-defeso. Esses benefícios estão entre as principais despesas do governo.
De olho nos Estados Unidos, nesta quinta-feira, a Netflix (NFLX34) divulgará seus resultados do segundo trimestre de 2024. Ao longo da tarde, o mercado também acompanha os discursos da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de Dallas, Lorie Logan, e da diretora Michelle Bowman.
Investidores acompanham, nesta quinta-feira, a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e comentários de sua presidente, Christine Lagarde. A expectativa do mercado é que o BCE mantenha seus juros inalterados, após cortá-los pela primeira vez em quase cinco anos no começo de junho.
Apesar do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) da zona do euro ter desacelerado de 2,6% em maio para 2,5% em junho, mais perto da meta oficial de 2%, Lagarde e outros dirigentes do BCE mostraram preocupações, nas últimas semanas, em relação à persistente alta de certos componentes da inflação, como os custos de serviços.