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Evergrande, correção das bolsas, aquisição da Cosan e o que move o mercado

Mercado internacional avança nesta manhã e recupera parte das perdas impostas por temores sobre superendividamento na China

Logo da Evergrande, na China : empresa tem passivo de 300 bilhões de dólares | Foto: Wang Gang / Costfoto/Barcroft Media via (Wang Gang / Costfoto/Barcroft Media via/Getty Images)

Logo da Evergrande, na China : empresa tem passivo de 300 bilhões de dólares | Foto: Wang Gang / Costfoto/Barcroft Media via (Wang Gang / Costfoto/Barcroft Media via/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 21 de setembro de 2021 às 07h07.

Última atualização em 21 de setembro de 2021 às 08h00.

As principais bolsas internacionais avançam nesta terça-feira, 21, recuperando-se das duras perdas registradas na última sessão em meio a temores sobre as consequências do superendividamento da incorporadora chinesa Evergrande.

Vindo de seu pior desempenho desde julho, o índice europeu Stoxx 600 avança 0,67% nesta manhã, enquanto o S&P 500, que teve sua pior performance em quatro meses, sobe 0,84% no mercado de futuros americano.

Na Ásia, a onda de vendas de ações foi contida na bolsa de Hong Kong, que fechou próxima da estabilidade, com queda de 0,01%. Já as ações da Evergrande caíram mais 0,44%, estendendo suas perdas após ter despencado mais de 10% na segunda-feira, 22.

Embora tenha conseguido quase estancar as perdas em valor de mercado, a Evergrande não deve ter sucesso em sair desta crise, segundo a agência de classificação de risco Standard & Poor’s. Em relatório, a S&P pontuou que o governo chinês só deverá agir, caso a situação apresente um risco sistêmico. 

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Após a tempestade… a recuperação

Com o clima mais ameno no mercado, o dólar perde força no mundo, enquanto commodities recuperam parte das perdas. Nesta manhã, o petróleo brent sobe 1,5%, enquanto ações de algumas das principais mineradoras do mundo avançam, apesar de um cenário ainda incerto para o minério de ferro. 

Uma das principais responsáveis por levar o Ibovespa ao pior nível desde novembro, na última sessão, a Vale (VALE3) reage no pré-mercado americano, onde suas ADRs indicam alta superior a 2% nesta terça. Caso a valorização se confirme, as ações da mineradora - com maior participação no índice - irão ajudar a bolsa brasileira a quebrar a sequência de perdas que já dura cinco pregões.

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Preparativos para a Super Quarta

As reuniões para definir as políticas monetárias do Brasil e dos Estados Unidos começam nesta terça. As expectativas de investidores é de que, por aqui, o Comitê de Política Monetária, eleve a taxa Selic em 1 ponto percentual, mantendo o “plano de voo” indicado em sua última ata. 

Nos Estados Unidos, o mercado espera novidades por parte do Federal Reserve sobre a redução de estímulos via recompra de títulos, o tapering. Caso confirmado, o tapering pode impactar principalmente setores mais dependentes de políticas estimulativas, como o de tecnologia. Refletindo alguma preocupação de investidores, o índice Nasdaq teve o pior desempenho entre os índices americanos na última sessão - movimento que se repete nesta manhã no mercado de futuros. 

Aquisição bilionária da Cosan

A Cosan (CSAN3) fechou a compra de 47% de participação no Grupo Radar por 1,479 bilhão de reais. Com a aquisição, a empresa passará a deter mais de 50% do capital social da Radar, gestora de 390 propriedades agrícolas dedicadas ao cultivo de cana-de-açúcar, soja, algodão e milho. A operação ainda precisa da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.

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