Resultado do Copom deflagra ajustes nos juros
Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 estava na máxima de 7,92%, ante 7,97% do ajuste de ontem
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2012 às 17h08.
São Paulo - O comunicado do Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central, na reunião que definiu nova mínima histórica para o juro nominal a 8,5% ao ano, deflagrou ajustes em praticamente toda a curva a termo. O entendimento dos agentes financeiros de que o ciclo de relaxamento monetário ainda não chegou ao fim fez que as taxas curtas e intermediárias encerrassem o dia seguinte à reunião do Copom devolvendo prêmios e estabelecendo apostas majoritárias para novo corte de 0,50 ponto porcentual na reunião do Comitê, em julho. Há inclusive esboço de corte residual (0,25pp) em agosto.
Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (1.178.910 contratos) estava na máxima de 7,92%, ante 7,97% do ajuste de ontem. O DI janeiro de 2014, com movimento de 496.110 contratos, marcava 8,27%, ante 8,34% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (82.870 contratos) apontava 9,71%, de 9,57% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (5.935 contratos) indicava a máxima de 10,31%, de 10,13% no ajuste. A correção provocada pelo Copom gerou aumento expressivo no número dos contratos de curto e médio prazo e redução concomitante nos negócios na ponta longa da curva.
Os vértices longos chegaram às mínimas na parte da manhã, mas recompuseram prêmios com mais intensidade ao final da tarde, dando sinais da preocupação dos investidores com o cenário prospectivo de inflação. Por ora, os dados da produção industrial em abril, com recuo de 0,2% ante março e queda de 2,9% ante abril do ano passado, reforçam a perspectiva para redução adicional do juro básico, na mesma magnitude, na próxima reunião do Copom, o que levaria a Selic para 8,0%.
Para muitos participantes do mercado, este nível da Selic pode indicar o fim do ciclo corrente de cortes do juro básico, mas analistas e operadores não descartam que o cenário externo forneça espaço para reduções adicionais - uma vez que as novas regras da poupança removeram entraves estruturais - se o cenário internacional apresentar deterioração.
Dados considerados decepcionantes nos Estados Unidos pesaram sobre os índices acionários mundiais, e o cenário global segue nebuloso, diante dos temores relacionados à Espanha, à eventual saída da Grécia da zona do euro e do ritmo de desaceleração da economia chinesa. Nos EUA, a T-Note de 10 anos recuava a 1,564% às 15h50, ante 1,627% no fim da quarta-feira em Nova York.
São Paulo - O comunicado do Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central, na reunião que definiu nova mínima histórica para o juro nominal a 8,5% ao ano, deflagrou ajustes em praticamente toda a curva a termo. O entendimento dos agentes financeiros de que o ciclo de relaxamento monetário ainda não chegou ao fim fez que as taxas curtas e intermediárias encerrassem o dia seguinte à reunião do Copom devolvendo prêmios e estabelecendo apostas majoritárias para novo corte de 0,50 ponto porcentual na reunião do Comitê, em julho. Há inclusive esboço de corte residual (0,25pp) em agosto.
Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (1.178.910 contratos) estava na máxima de 7,92%, ante 7,97% do ajuste de ontem. O DI janeiro de 2014, com movimento de 496.110 contratos, marcava 8,27%, ante 8,34% na véspera. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 (82.870 contratos) apontava 9,71%, de 9,57% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (5.935 contratos) indicava a máxima de 10,31%, de 10,13% no ajuste. A correção provocada pelo Copom gerou aumento expressivo no número dos contratos de curto e médio prazo e redução concomitante nos negócios na ponta longa da curva.
Os vértices longos chegaram às mínimas na parte da manhã, mas recompuseram prêmios com mais intensidade ao final da tarde, dando sinais da preocupação dos investidores com o cenário prospectivo de inflação. Por ora, os dados da produção industrial em abril, com recuo de 0,2% ante março e queda de 2,9% ante abril do ano passado, reforçam a perspectiva para redução adicional do juro básico, na mesma magnitude, na próxima reunião do Copom, o que levaria a Selic para 8,0%.
Para muitos participantes do mercado, este nível da Selic pode indicar o fim do ciclo corrente de cortes do juro básico, mas analistas e operadores não descartam que o cenário externo forneça espaço para reduções adicionais - uma vez que as novas regras da poupança removeram entraves estruturais - se o cenário internacional apresentar deterioração.
Dados considerados decepcionantes nos Estados Unidos pesaram sobre os índices acionários mundiais, e o cenário global segue nebuloso, diante dos temores relacionados à Espanha, à eventual saída da Grécia da zona do euro e do ritmo de desaceleração da economia chinesa. Nos EUA, a T-Note de 10 anos recuava a 1,564% às 15h50, ante 1,627% no fim da quarta-feira em Nova York.