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Private equity recebe avaliação positiva em Davos

Estudo do Fórum Econômico Mundial aponta redução do número de falências e aumento do volume de empregos, em companhias sob gestão dos fundos

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 12h24.

Donos de uma importância crescente no cenário econômico globalizado, os fundos de private equity, aqueles especializados em investir em companhias sobre as quais passam a ter influência também no processo de gestão, conquistaram a aprovação de analistas do Fórum Econômico Mundial 2008, encerrado neste domingo (27/01), na cidade de Davos, na Suíça.

Em estudodivulgado no penúltimo dia de Fórum pela organização do evento, acadêmicos de centros de estudo americanos, europeus e asiáticos apontaram efeitos positivos dos fundos de private equity tanto sobre as empresas que administram quanto sobre a economia como um todo.

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Embora não afirmem literalmente que esse tipo de fundo é benéfico para as companhias, os autores enumeram um conjunto de aspectos nos quais o private equity se sobressai, em comparação com outras formas de investimento. Exemplo desses impactos é a redução da porcentagem de empresas que acabam em processo de falência. De acordo com o relatório, 6% das transações de aquisição de controle (buyouts) terminam em falência ou problemas financeiros, o que se traduz numa taxa de default (moratória) de 1,2% ao ano. O índice fica abaixo das taxas de default associadas a emissoras de títulos corporativos (1,6%) e a junk bonds americanos (4,7%).

A pesquisa também indica aumento, nos últimos anos, do tempo em que os fundos mantêm sob seu controle as empresas nas quais apostam, a ponto de 60% dos investimentos levarem no mínimo cinco anos para ser desfeitos.


Quanto à governança corporativa, os membros do conselho de empresas de private equity costumam ser mais "ativos em transações complexas", sinal de que os fundos "aparentemente ajustam sua representação nos conselhos das empresas com base na antecipação de desafios para seus investimentos", informa o resumo do relatório.

Outro ponto analisado foi o número de patentes nas empresas sob gestão dos fundos. Para os autores do levantamento, o efeito com relação ao volume de inovações é pequeno, mas as premiações decorrentes delas geram impacto econômico maior.

Também no aspecto da geração de empregos, o relatório destaca desempenho superior das empresas sob controle de fundos de private equity, em relação às demais. Nessas primeiras, o nível de criação de vagas em empreendimentos novos alcança índice 6% maior, dois anos após a aquisição.

Os acadêmicos chamam atenção, ainda, para a globalização das transações LBO (Leverage Buy Out, na sigla em inglês), as aquisições feitas com alavancagem. Entre 2001 e 2007, 12% do numero de transações globais das LBOs ocorreram fora da América do Norte e da Europa Ocidental, um aumento "considerável" quando comparado com as décadas anteriores.

Na visão dos estudiosos, a dinâmica em mercados emergentes de private equity difere daquela encontrada nos mercados desenvolvidos, por se concentrar em investimentos minoritários e crescimento de capital.

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